Agência Ecclesia 25 de Junho de 2016, às 05:05
Iniciativa congrega mais de sete mil pessoas em resposta ao convite do Papa Francisco
Lisboa, 25 jun 2016 (Ecclesia) – A União das Misericórdias Portuguesas (UMP) vai realizar hoje a sua Peregrinação Nacional ao Santuário de Fátima, no âmbito do Jubileu da Misericórdia, e vai reunir mais de sete mil pessoas.
“O sentido da peregrinação está muito claro na Bula ‘Misericórdia Vultus’ e fazia todo o sentido que as Misericórdias de Portugal manifestassem a sua adesão ao Ano Santo”, começa por explica Manuel Lemos à Agência ECCLESIA.
O presidente da UMP assinalou que já foram realizadas “várias peregrinações”, em muitas dioceses, mas “fazia sentido” juntar “todas as Misericórdias numa peregrinação nacional”.
“Porque a vida é de facto uma peregrinação e o ser humano é um viajante que percorre uma estrada”, o responsável sublinha ainda que na bula de proclamação do Ano Santo Extraordinário da Misericórdia o Papa Francisco escreve que a peregrinação é “sinal peculiar” do jubileu enquanto “ícone do caminho que cada pessoa realiza na sua existência”.
A UMP vai congregar no Santuário de Fátima membros e colaboradores de todo o país, utentes e convidados.
Manuel Lemos destaca que “nunca” tinham feito nada deste género, dado que os “grandes encontros” são normalmente os congressos e o de este ano reuniu 750 pessoas, no Fundão.
“Estamos expectantes, muitos contentes pela adesão”, comentou o entrevistado, considerando que existem vários fatores para o “número expressivo”, desde a “circunstância da identidade e raízes nas Obras de Misericórdia” que são o “coração da missão, a razão da existência”, das Misericórdias portuguesas e a personalidade do Papa Francisco.
O presidente da União das Misericórdias Portuguesas destaca ainda a “incerteza” que se vive de “grande dificuldade”, por isso, estarem juntos “tem sentido de reforço da colegialidade”, onde a UMP tem aplicado “o melhor das energias” numa junção e união “à volta do destino comum”.
Um dos principais momentos da peregrinação nacional a Fátima acontece pelas 12h00 com o desfile dos estandartes de todas as Misericórdias “à estátua João Paulo II” e depois a Missa presidida pelo presidente da Comissão Episcopal da Pastoral Social e Mobilidade Humana, o arcebispo de Braga, D. Jorge Ortiga, na Basílica da Santíssima Trindade.
Na peregrinação para além do momento celebrativo vão poder “conviver, trocar impressões, conversar” numa oportunidade de “comunhão, partilha”.
Ainda no decorrer do Jubileu da Misericórdia, que a Igreja Universal vive até 20 de novembro, a UMP vai participar no encontro mundial de Misericórdias com o Papa Francisco, de 2 a 4 de setembro, no Vaticano, onde participa na canonização da Madre Teresa de Calcutá.
Para Manuel Lemos serem recebidas pelo Papa é, de alguma forma, o “reconhecimento do trabalho das Misericórdias portuguesas e italianas”, respetivamente com mais de 500 e 700 anos de serviço, um “movimento de solidariedade” em função de valores que “marcam a Europa”.
“Promotora da economia social”, a União das Misericórdias Portuguesas é uma associação nacional, criada em 1976, para orientar, coordenar, dinamizar e representar as Misericórdias, defendendo os seus interesses e organizando atividades de interesse comum.
CB
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