quinta-feira, 30 de junho de 2016

Misericórdia é «estilo de vida», diz o Papa

Agência Ecclesia 30 de Junho de 2016, às 11:38
Foto: Osservatore Romano      
Foto: Osservatore Romano
Francisco lamenta falta de disponibilidade para «servir» os outros

Cidade do Vaticano, 30 jun 2016 (Ecclesia) - O Papa Francisco disse hoje no Vaticano que a misericórdia é um “estilo de vida” que deve levar os cristãos a “arregaçar as mangas” para ajudar que mais precisa.

“As obras de misericórdia não são questões teóricas, mas testemunhos concretos”, precisou, durante a audiência jubilar extraordinária que levou milhares de pessoas à Praça de São Pedro.

Francisco sublinhou que a misericórdia cristã tem “olhos para ver, ouvidos para escutar, mãos para aliviar” e não pode ficar indiferente ao sofrimento alheio.

“As pessoas que passam, pela vida, que andam pela vida sem se aperceberem das necessidades dos outros, sem ver tantas necessidades espirituais e materiais, são pessoas que passam sem viver, que não servem os outros”, lamentou.

O Papa alertou para a indiferença perante situações de “pobreza dramática”, pelas quais se passa “como se nada fosse”, realçando que isso torna as pessoas “hipócritas”, presas a uma “letargia espiritual”.

“Quem experimentou na sua própria vida a misericórdia do Pai não pode permanecer insensível diante das necessidades do irmão”, acrescentou.

A catequese, inserida no programa do Ano Santo da Misericórdia (dezembro 2015-novembro 2016), aludiu às “pobrezas materiais e espirituais” que se multiplicam no mundo globalizado, perante as quais é preciso “ver Jesus” nos irmãos que estão em necessidade, sós ou tristes.

“Estas são as obras que Jesus pede de nós”, defendeu.

O Papa saudou os peregrinos de língua de portuguesa, em particular grupos de professores e alunos de Guimarães e de Viseu, encorajando-os a nunca se cansarem de “servir as pessoas necessitadas, como verdadeiras testemunhas da Misericórdia no mundo”.

No final do encontro, Francisco recordou a celebração litúrgica em memória dos primeiros mártires da Igreja de Roma, rezando “por todos os que ainda hoje pagam um preço muito alto pela sua pertença à Igreja de Cristo”.

A proximidade das férias para milhões de pessoas levou o Papa a pedir que este tempo seja aproveitado para aprofundar as “relações humanas” e para “viver a misericórdia”.

OC

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