Agência Ecclesia 17 de Junho de 2016, às 10:45
Francisco abriu conferência anual pastoral da Diocese de Roma
Cidade do Vaticano, 17 jun 2016 (Ecclesia) – O Papa destacou a necessidade da Igreja Católica usar de “realismo evangélico” para lidar com os problemas das famílias, na abertura da conferência pastoral anual da Diocese de Roma, que termina esta sexta-feira.
Numa mensagem deixada na Basílica de São João de Latrão, perante diversas famílias e centenas de sacerdotes das paróquias romanas, Francisco salientou que “falar em realismo evangélico não implica abandonar o ideal que o evangelho encerra”.
“Pelo contrário, isto convida-nos a viver esse ideal no meio da sociedade atual, com todos os seus desafios. Não significa pôr de lado a doutrina, mas evitar cair em julgamentos e atitudes que não têm em conta a complexidade da vida”, acrescentou.
A referida conferência anual, que conta também com a participação do cardeal vigário de Roma, D. Agostino Vallini, tem como tema “A maravilha do amor: O caminho das famílias para Roma”.
Durante a abertura dos trabalhos, esta quinta-feira, o Papa argentino sublinhou alguns dos pontos fundamentais da sua mais recente exortação apostólica, “A Alegria do Amor”, saída do útimo Sínodo dos Bispos que a Igreja Católica dedicou ao tema da Família.
Sobre as dificuldades das famílias, na sua relação com a Igreja, com os sacramentos, sobre a falta de coesão e de força que hoje marca muitas vezes o matrimónio cristão, o Papa destacou a necessidade de atentar ao “trigo e ao joio”, que “crescem juntos”.
“Até o melhor trigo, nesta vida, terá sempre um pouco de joio (…) Os pastores da Igreja, ao proporem aos fiéis o ideal do Evangelho e a doutrina católica, devem também ajudá-los a apoiar os que mais precisam, com compaixão, evitando recriminações duras e precipitadas”, complementou.
No programa da conferência pastoral anual da Diocese de Roma estão incluídos uma série de painéis de formação e debate, sobre temas como o amor na adolescência, a preparação para o casamento, o amor dos esposos, a fidelidade, a alegria de gerar a vida, a família e a fraternidade.
As conclusões do evento vão ser publicadas a 17 de setembro e marcarão o ano pastoral na Diocese de Roma, da qual Francisco, como Papa, é o bispo titular.
JCP
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