"A respeito do que ocorre em Aleppo e suas proximidades, temos advertido os americanos".
O ministro russo de Relações Exteriores, Serguei Lavrov, em Moscou, no dia 26 de maio de 2016
A Rússia apoiará "ativamente" o exército sírio se ele estiver ameaçado em Aleppo (norte) e arredores, advertiu nesta segunda-feira o ministro russo de Relações Exteriores, Serguei Lavrov.
"A respeito do que ocorre em Aleppo e suas proximidades, temos advertido os americanos. Eles sabem que apoiaremos ativamente o exército sírio por via aérea para impedir que os terroristas conquistem territórios", declarou o chanceler russo em coletiva de imprensa com seu contraparte, Timo Soini.
"Tomaremos nossas decisões em função da situação. Estamos em contato com os americanos todos os dias (...) então não haverá surpresas", acrescentou Lavrov.
Este anúncio ocorre quando a coligação de combatentes curdos e árabes inscritos nas Forças Democráticas Sírias (FDS), apoiados pelos Estados Unidos, avança na província de Aleppo, onde ameaça a rota que a organização Estado Islâmico (EI) utiliza para se abastecer entre a cidade síria de Raqqa e a Turquia.
A organização extremista faz frente ao avanço das FDS e ao do exército sírio, apoiado pela aviação russa.
Serguei Lavrov reiterou nesta segunda que a Rússia está disposta a se juntar com a aviação americana "para ações de combate (...) contra os terroristas", afirmando que não deseja que esta coordenação "dê uma oportunidade (à oposição) de ganhar poder e continuar sua ofensiva".
Lavrov e o secretário de Estado americano John Kerry evocaram na semana passada, em uma conversa telefônica, a necessidade "de ações comuns decisivas" contra a Frente Al-Nusra.
Em meados de maio, a Rússia propôs aos Estados Unidos realizarem ataques conjuntos contra os grupos extremistas na Síria, uma proposta que Washington desaprovou imediatamente.
AFP
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