sexta-feira, 29 de julho de 2016

Papa no hospital das crianças: Quem cumpre obras de misericórdia não tem medo da morte

Por Walter Sánchez Silva
Papa recebe um coração de uma menina doente com quem se encontrou no Hospital Pediátrico Prokocim da Cracóvia. Captura Youtube.

CRACÓVIA, 29 Jul. 16 / 01:30 pm (ACI).- O Papa Francisco visitou nesta tarde, em Cracóvia, o Hospital Pediátrico Prokocim e, em suas palavras aos presentes, afirmou que quem cumpre obras de misericórdia “não tem medo da morte”.

O Santo Padre chegou ao local às 16h27 (hora local), acompanhado de seu séquito, do Cardeal Dziwisz e da Primeira Ministra da Polônia, Beata Szydlo.

Em suas breves palavras de boas-vindas, Szydlo disse ao Pontífice que o hospital “realmente é um lugar especial, onde as palavras fé, esperança e amor têm um grande significado. Estas palavras acompanham esta equipe as 24 horas com estes pacientes em condições difíceis”.

O Papa, continuou, leva consigo estas palavras, as apresenta com “simplicidade e nos recorda a sabedoria do coração” diante dos que sofrem alguma doença.

A Primeira Ministra ressaltou que “a misericórdia não é outra coisa que ensinar o amor ao próximo. Obrigada por suas sábias palavras e sua simplicidade ao ensiná-las e obrigada por ensinar a amar o próximo”.

Em seguida, o Papa se dirigiu às crianças doentes, seus familiares, os médicos, enfermeiras e equipe administrativa presentes e lhes disse: “A minha vontade era poder demorar-me um pouco com cada criança doente, junto da sua cama, abraçar-vos uma a uma, ouvir nem que fosse só por um momento cada uma de vós e, juntos, guardar silêncio perante certas perguntas para as quais não há resposta imediata. E rezar”.

O Papa Francisco se referiu a dedicação especial do Senhor Jesus com os doentes e repetiu sua denúncia da “cultura do descarte”, cujas principais vítimas “são precisamente as pessoas mais fracas, mais frágeis; isto é uma crueldade. Diversamente, é bom ver que, neste hospital, os mais pequeninos e necessitados são acolhidos e cuidados”.

“Obrigado por este sinal de amor que nos ofereceis! O sinal da verdadeira civilização, humana e cristã, é este: colocar no centro da atenção social e política as pessoas mais desfavorecidas”.

O Santo Padre exortou: “Multipliquemos as obras da cultura do acolhimento, obras animadas pelo amor cristão, amor a Jesus crucificado, à carne de Cristo. Servir com amor e ternura as pessoas que precisam de ajuda faz-nos crescer, a todos, em humanidade; e abre-nos a passagem para a vida eterna”.

“Quem cumpre obras de misericórdia não tem medo da morte”, sublinhou.

Francisco encorajou os que servem os doentes a prosseguir em seu trabalho “neste como em qualquer outro hospital do mundo. Não queria esquecer aqui o trabalho das religiosas, muitas religiosas que dão a vida nos hospitais”.

“E Ele vos recompense dando-vos a serenidade interior e um coração sempre capaz de ternura”, acrescentou.

Ao terminar, o Papa renovou seu pedido de que rezem por ele. Apresentaram-lhe dois quadros e depois Francisco saudou cada criança doente, abençoou-as e presenteou-lhes com rosários.

Uma das meninas presentes lhe deu de presente um coração rosa, feito especialmente para ele. Antes de ir embora o Santo Padre rezou com todos uma Ave Maria.

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