Agência Ecclesia 14 de Julho de 2016, às 11:55
Organização lança campanha de sensibilização e lembra quem está impedido de participar
“A campanha tem como objetivo consciencializar estes jovens de que, em muitas partes do mundo, há milhões de cristãos que, por diversas razões, não podem viajar até à Polónia e não podem participar nas JMJ apesar de o desejarem fazer”, refere um comunicado de imprensa da AIS enviada à Agência ECCLESIA.
Através de depoimentos pessoais, que deram origem a pequenos filmes de cerca de 1 minuto cada, a Fundação AIS pretende dar voz a “rostos concretos” de jovens que são testemunho, de alguma forma, do sofrimento dos cristãos.
“Trata-se de jovens católicos oriundos de países como Israel, Papua-Nova Guiné, Iraque, Cuba, Quénia e Polónia, e trazem uma mensagem comum: ‘Não podemos estar em Cracóvia por causa da guerra, da pobreza, da distância, ou do trabalho voluntário para os outros, mas estaremos unidos a todos em oração’”, assinala a fundação pontifícia.
Os jovens que vão participar nas JMJ na Polónia vão poder assistir a um musical, ‘Por causa do Meu Nome’, dedicado também aos cristãos perseguidos.
“Hoje em dia, está a ser passada aos jovens a informação de que a fé não é importante, que não está na moda”, afirma o Padre Waldemar Císlo, diretor da AIS na Polónia.
O musical foi composto por Piotr Rubik, um dos mais conhecidos compositores polacos da atualidade, e será apresentado em Cracóvia, a 29 de julho, após a Via-sacra, presidida pelo Papa Francisco.
Este ano, a fundação vai também ter uma participação na Via-sacra, com um grupo composto por 21 representantes de diferentes países que levará a Cruz da oitava para a nona Estação.
A participação AIS nas JMJ deste ano é visível ainda no apoio dado a cerca de 40 grupos de diferentes países do mundo para que possam viajar até Cracóvia.
“Em cada Jornada Mundial da Juventude apoiamos a participação de vários grupos de jovens de diferentes partes do mundo, em especial de países onde há perseguição ou onde os cristãos são uma minoria. Países como o Iraque, Turquemenistão, Sudão do Sul, Chade, Argélia, Síria, Haiti, Paquistão e Bangladesh são apenas alguns exemplos”, esclarece Regina Lynch, responsável pelo Departamento de Projetos da AIS Internacional.
O encontro mundial de jovens com o Papa realiza-se entre 26 a 31 de julho e tem como tema ‘Bem-aventurados os misericordiosos, porque encontrarão misericórdia’.
Cada JMJ realiza-se, anualmente, a nível diocesano no Domingo de Ramos, alternando com um encontro internacional a cada dois ou três anos numa grande cidade: em 1987, Buenos Aires (Argentina); em 1989, Santiago de Compostela (Espanha); em 1991, Czestochowa (Polónia); em 1993 em Denver (EUA); em 1995, Manila (Filipinas); em 1997, Paris (França); em 2000, Roma (Itália); em 2002, Toronto (Canadá); em 2005, Colónia (Alemanha); em 2008, Sidney (Austrália); em 2011, Madrid (Espanha) e Rio de Janeiro (Brasil), em 2013.
A JMJ 2016 vai estar em destaque na próxima edição do Semanário ECCLESIA, esta sexta-feira.
OC
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