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Igreja da Pampulha faz parte do complexo que ser tornou patrimônio da humanidade
O Complexo Arquitetônico da Pampulha é, partir de hoje, Patrimônio Mundial da Humanidade. O resultado foi divulgado neste domingo em Istambul, na Turquia, após reunião da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco).
O Conjunto é formado pela Igreja de São Francisco de Assis, o Museu de Arte da Pampulha (MAP), o antigo cassino, a Casa do Baile, atual Centro de Referência em Urbanismo, Arquitetura e Design de Belo Horizonte, além do Iate Tênis Clube, todos construídos entre 1942 e 1943.
Igreja de São Francisco
As curvas da Igrejinha, como é chamada, emoldurada com azulejos de Cândido Portinari e enfeitada pelos jardins de Burle Marx, não agradaram a Igreja Católica por ser considerada “moderna demais” pela Cúria Metropolitana. O local foi o último do Conjunto Arquitetônico a ser concluído.
Museu de Arte da Pampulha
O prédio foi criado para se tornar uma casa de jogos comparável ao Cassino da Urca, no Rio de Janeiro, e ao Palácio Quitandinha, em Petrópolis. O Cassino da Pampulha, em Belo Horizonte, foi o primeiro projeto do Conjunto Arquitetônico idealizado por Oscar Niemeyer a ficar pronto. Também conhecido como “Palácio de Cristal”, por causa dos vidros espelhados que cercam o prédio, o espaço foi inaugurado em 1943.
Os jardins que circundam o prédio foram feitos pelo paisagista Roberto Burle Marx. Estátuas de Alfredo Ceschiatti, August Zamoiski e José Pedrosa também foram incorporadas ao local.
O espaço funcionou como cassino até 1946 quando o jogo foi proibido no Brasil. Ele entrou em um período de decadência até 1957, ano em que foi transformado no Museu de Arte da Pampulha (MAP). Hoje ele abriga um acervo com cerca de 1,4 mil obras.
Casa do Baile
Hoje Centro de Referência de Urbanismo, Arquitetura e do Design, a Casa do Baile, foi criada para divertir os moradores de Belo Horizonte com shows e jantares dançantes. Localizada em uma ilha artificial e ligada à orla por uma ponte de concreto, o prédio foi inaugurado em 1943. Na época, o local era ponto de encontro da alta sociedade já que os preços cobrados no local estavam longe de serem populares.
Iate Tênis Clube
Inaugurado em 1943, o Iate Tênis Clube foi criado para ser um espaço de esportes e lazer. Sua sede, com formato de barco, “avança” sobre o espelho da Lagoa da Pampulha. O local ganhou painéis de Cândido Portinari e do paisagista Burle Marx. O clube era público, gerenciado na época pela Prefeitura de Belo Horizonte, se tornando um dos ambientes preferidos por atletas amadores e famílias. O Iate chegou a ser sede de um clube de regatas. O remo, o esqui e a pescaria eram atividades comuns.
Na década de 60, a prefeitura precisava de recursos para financiar obras de abastecimento na cidade e resolveu vender alguns imóveis. Um deles foi o Iate Tênis Clube. O local sofreu algumas modificações ao longo dos anos, mas a mais drástica foi a construção de um prédio anexo.
O prédio permaneceu proibido ao culto por 14 anos, sofrendo com a má conservação. Ela só saiu do ostracismo quando o então papa João XXIII manifestou interesse em expor no Vaticano a via sacra de Portinari, registrada na Igrejinha.
Dom Total/Globo Minas
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