Segunda feira próxima , dia 19 de setembro, grande notícia da Igreja: 100 anos de nascimento do monsenhor José Furtado Cavalcanti. Festa na Diocese e na Paróquia de Meruoca. Esta coluna participa publicando o texto escrito pelo padre Aureliano Diamantino, na sua obra Ungidos do Senhor ( 3 volumes) e o texto do Hino de minha autoria produzido para o Centenário. Interessa ao leitor conhece-los?
“Filho de Viçosa do Ceará, onde nasceu a 19 de setembro de 1916. Seus pais são José Furtado Cavalcanti e Maria Alves Pedrosa Cavalcanti. Foi ordenado sacerdote em Sobral no dia 03 de dezembro de 1944. Esteve como vigário coordenador de Granja de maio a dezembro de 1945. No princípio do ano de 1946, foi vigário substituto de Massapê, onde esteve durante dois meses. Nomeado vigário coordenador de Ibiapina, aí permaneceu de março de 1946 a maio de 1947, quando foi residir em Viçosa do Ceará.
A 25 de janeiro de 1948, foi nomeado vigário de Meruoca. No primeiro ano de paroquiato, organizou a catequese e dinamizou todas as associações religiosas. Reformou o cemitério paroquial, benzendo a nova ampliação a 15 de agosto de 1948. Reformou todas as capelas que encontrou já construídas e construiu as de Rosápolis, Carmolândia, São Francisco do Boqueirão e São João das Almas. Reformou a casa paroquial de Meruoca e Alcântaras. A 25 de novembro de 1951, criou a Associação de Assistência e Proteção à Maturidade e Infância. A 19 de fevereiro de 1966, inaugurou o Patronato Dom José. Dirigido pelas irmãs Josefinas.
Nestes últimos anos, tem sido incentivador incansável de todos os empreendimentos que buscam o desenvolvimento social e religioso de Meruoca.Como reconhecimento de seus méritos, a Santa Sé o agraciou com o título de Monsenhor. Faleceu na Santa Casa de Sobral, no dia 11 de março de 1998. Sepultado no dia seguinte, na Matriz de Meruoca. (Ungidos do Senhor, volume II, pag.410).
Mons. José Furtado Cavalcanti nasceu em Viçosa do Ceará a 19 de setembro de 1916. Filho de José Furtado Cavalcanti e Maria Alves Pedrosa. Mons. Furtado, um dos melhores sacerdotes da Igreja não só da diocese de Sobral mas do Ceará, foi ordenado sacerdote em Sobral a 3 de dezembro de 1944, vigário cooperador de Granja de maio a dezembro de 1945, vigário substituto de Massapê por dois meses em 1946. Vigário cooperador de Ibiapina de março de 1946 a maio de 1957. Daí a 25 de janeiro de 1948 residiu em Viçosa do Ceará. Faleceu na Santa Casa de Sobral no dia 11 de março de 1998, sepultado no dia seguinte na Igreja Matriz de Meruoca. Por suas grandes realizações o Santo Padre o destacou, agraciando-o com o título de Monsenhor.
Estatura média, porte correto, por onde passou foi estimado por todos. Sacerdote virtuoso, deixou-nos exemplos de virtudes heróicas. Poderia estender-me falando a respeito do seminarista, do sacerdote, do Monsenhor Furtado. Por brevidade passo a traçar apenas alguns traços de sua pessoa e de suas atividades pastorais.Monsenhor Furtado.bmp
É que por algum tempo fui eu em Sobral, o confessor do nosso Monsenhor Furtado, ele em Meruoca. Por isso, posso e devo esclarecer que se trata de alguém que a meu ver poderia ser considerado um verdadeiro santo.
Por onde passou trabalhou incansavelmente. Quando vigário de Meruoca, vieram buscá-lo para à noite levar a sagrada unção a um enfermo, à distância. Muito gripado, ardendo de febre não exitou um instante sequer. Arriscando a saúde, atendeu imediatamente. Isso não há de ter sido uma só vez na sua vida.
Um grande mérito seu que confirme esta assertiva as Irmãs Josefinas que também o hão de fazer em relação ao saudoso Cônego Egberto Rodrigues de Andrade, pároco de Marco. Meruoca foi no tempo de Mons. Furtado o celeiro de vocações religiosas das Irmãs Josefinas. Eu que com elas tanto me dou e que há mais de 40 anos moro com elas e sou quase Josefino, bem posso confirmar esta verdade.
Permitam-me as Irmãs revelar um segredo em muita confiança. Quando vigário de Meruoca Mons. Furtado encaminhou para as Irmãs jovens pobres, filhas de famílias profundamente cristãs, por ele espiritualmente dirigidas, num tempo em que ainda não havia universidade no Ceará. Às vezes notando no nosso dia a dia que as Irmãs dizem, em tom de brincadeira, umas com as outras: “Parece que é da Meruoca” eu lhes tenho sempre chamado a atenção com estas palavras: Respeite a Meruoca. De lá receberam vocês o que vocês têm de melhor. Bom observar que as Josefinas contam hoje com doutoras também entre as da Meruoca. De lá, por orientação de Monsenhor Furtado vieram muitas delas.
Mons. José Furtado, médico do povo.
Seria falta minha injustificável, uma verdadeira omissão, se eu não destacasse aqui esta qualidade do nosso Monsenhor, virtude que ele praticava com a indispensável competência e profundo respeito à pessoa humana do paciente que a ele recorria. Sem ter cursado medicina ele tornou-se médico do seu povo, médico dos pobres. Medicina é uma ciência e arte que só por médicos pode ser exercida. E não é para menos uma vez que o que de nela se trata é muitas vezes questão de vida ou de morte. O médico é um sacerdote do corpo como o sacerdote é um médico da alma. É o povo mesmo que assim entende e assim o proclama. Monsenhor viveu essa missão de todo coração, apesar dos grandes sacrifícios que ela traz consigo. E o povo que a ele recorria tantas vezes nos dá com isto a justificativa da sua grande dedicação nesta matéria.
Mons. Jose Furtado e as obras por ele realizadas
“Reformou o cemitério paroquial, benzendo a nova ampliação a 15 de agosto de 1948. Reformou todas as capelas que encontrou já construídas e construiu as de Rosápolis, Carmolândia, São Francisco de Boqueirão e São João das almas. Reformou a casa paroquial de Meruoca e Alcântaras. A 25 de novembro de 1951, criou a Associação de Assistência e Proteção à Maternidade e Infância. A 19 de fevereiro de 1966, inaugurou o Patronato São José, dirigido pelas Irmãs Josefinas.(...) Incentivador incansável de todos os empreendimentos que buscam o desenvolvimento social e religiosos de Meruoca” (SILVEIRA, Ungidos do Senhor na evangelização do Ceará, 2004, Vol. II, p 410-411).
Ponho aqui o meu ponto final. Poderia, repito, ir muito longe, mas é tempo de encerrar o meu depoimento. Que o bom Deus o tenha lá no céu. E lhe tenha dado a recompensa por sua vida inteiramente consagrada ao seu serviço, ao serviço da Igreja e ao serviço do seu povo, sobretudo dos pobres. E que Mons. Furtado lá nos paramos da glória ore por todos nós. Bendito seja Deus!
Dom Manuel Edmilson da Cruz
Bispo emérito de Limoeiro do Norte
Fonte: www.diocesedesobral.com
Última atualização: 20/09/2016 às 08:48:42
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