sábado, 24 de setembro de 2016

Geraldo Azevedo encerra o IV Congresso Internacional de Direito Ambiental

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Geraldo Azevedo cantou e encantou com "Dia Branco" Foto (Gilmar Pereira / Dom Total)


Por Larissa Troian
Repórter Dom Total

No dia 23 de setembro, às 21h, o cantor, compositor e violonista Geraldo Azevedo participou do encerramento do IV Congresso Internacional de Direito Ambiental, promovido pela Escola Superior Dom Helder Câmara. O artista, que sempre teve muito contato com a natureza, apresentou seu projeto intitulado “Salve o São Francisco”, em um show super intimista. Geraldo Azevedo nos concedeu entrevista exclusiva contando sobre seu projeto e sua relação com o público mineiro. Confira:

Dom Total: Como surgiu o “Salve o São Francisco”?

Geraldo Azevedo: Eu nasci na beira do Rio São Francisco, fui criado lá até os meus 18 anos. Cresci na roça mesmo, onde não existia nem chuveiro, qualquer banho era dentro do rio. Depois eu sai de lá, e, percorrendo o Brasil, passei por diversos locais onde o rio São Francisco passa. O que acontece é que sempre que eu chegava nesses lugares eu via o rio muito vazio. Isso foi na década de 90, antes da transposição. O projeto surgiu dentre outros fatores, para chamar a atenção das autoridades sobre o que estava acontecendo. Conversei com a Bethânia, ela topou fazer e iniciamos o projeto. Na verdade o São Francisco é apenas um exemplo, pois sempre me preocupei com o problema da água doce. É um problema que cresce, são muitas fontes que já perdemos, e o desrespeito à água é uma coisa impressionante, as pessoas usam sem consciência.

Dom Total: Qual a importância pra você em participar do Congresso Internacional de Direito Ambiental?

Geraldo Azevedo: Eu já participei uma vez lá em Ingaí e me senti muito honrado com isso, pois eu nasci no meio da natureza, eu me sinto muito envolvido com tudo isso e a natureza é a minha maior fonte de inspiração. À medida que ela vai se perdendo, sendo violentada eu fico preocupado. Cada vez que eu vejo pessoas com essa mesma preocupação eu sinto que existe uma força, uma união que possa ao menos amenizar essa destruição.

Dom Total: Fernanda Takai participou da sua música. Como foi compor com ela, que é uma artista mineira?

Geraldo Azevedo: Fernanda é um doce de pessoa. Eu quis nesse trabalho convocar artistas que vivem nos estados no qual o rio passa. A primeira proposta aqui em Minas foi o Milton Nascimento, mas ele estava envolvido em outros projetos. Foi então que resolvemos chamar a Fernanda Takai, e desde o primeiro contato sabíamos que seria uma parceria muito iluminada.

Dom Total: Muitos artistas falam que o público mineiro é muito caloroso musicalmente falando. Você concorda? Qual a sua relação com os mineiros?

Geraldo Azevedo: Eu concordo sim, acho que o público mineiro é muito musical. Minas tem uma cultura muito forte e eu sou muito influenciado por artistas mineiros, como Milton Nascimento, Toninho Horta e Vagner Tiso, eles foram meus colegas de carreira a vida inteira. Minha relação com Minas é realmente muito forte.

Super bem recebido pela platéia, Geraldo iniciou o show com a música “O Princípio do prazer” e, como sempre, cativou o público.

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Redação Dom Total

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