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Temer orienta Nogueira dizer que haverá flexibilização das 44h semanais sem tirar direitos.

Em reunião com sindicalistas, Nogueira afirmou que reforma trabalhista propõe flexibilizar jornada.
O Palácio do Planalto ficou "muito irritado" com as declarações dadas pelo ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, de que a reforma trabalhista que será proposta pelo presidente Michel Temer poderá ampliar as modalidades permitidas de contrato formal de trabalho, chegando até a uma jornada de 12 horas de trabalho. A ordem do Planalto é que o ministro se explique e desminta a sua informação, que não está correta. De acordo com o ministro, o governo pretende limitar a jornada de trabalho a 48 horas semanais (44h regulares e 4h extras), com um teto de 12 horas diárias.
Para o Planalto, este tipo de declaração "precisa ser feita com muita cautela" com a devidas explicações , "para evitar erros de interpretação", ao negar que o governo pretende estender a jornada de trabalho para 12 horas.
Informações
Os planos do governo foram detalhados nesta quinta-feira (8) pelo ministro Ronaldo Nogueira, durante encontro de sindicalistas da Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), em Brasília. Segundo Nogueira, a reforma trabalhista deve ser encaminhada ao Congresso Nacional até o fim deste ano.
Atualmente, contratos de trabalho com jornadas superiores a oito horas diárias são frequentemente questionados pela Justiça do Trabalho, que ainda não reconhece formalmente a jornada mais longa.
O documento deve contemplar também a criação de dois novos modelos de contrato. A pasta avalia considerar o tipo que inclui horas trabalhadas e produtividade, além do modelo que já vigora atualmente, baseado na jornada de trabalho. O objetivo das medidas é aumentar a segurança jurídica de contratos que não estão estipulados pela legislação trabalhista, a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).
Ronaldo Nogueira ressaltou que não haverá retirada de direitos trabalhistas. "Não há hipótese de mexermos no FGTS [Fundo de Garantia do Tempo de Serviço], no 13º [salário], de fatiar as férias e a jornada semanal. Esses direitos serão consolidados. Temos um número imenso de trabalhadores que precisam ser alcançados pelas políticas públicas do Ministério do Trabalho", disse Nogueira, em reunião da Executiva Nacional da Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB).
Em agosto, o ministro já havia anunciado que o governo mandará uma proposta de atualização da legislação trabalhista ao Congresso. Na ocasião, Ronaldo Nogueira garantiu que os direitos dos trabalhadores serão mantidos. Ele disse que "o trabalhador não será traído pelo ministro do Trabalho". Para Nogueira, a reforma vai criar oportunidades de ocupação com renda e consolidar os direitos.
Agência Estado/Agência Brasil
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