Por Walter Sánchez Silva
Papa Francisco durante a oração ecumênica em Assis. Foto: Captura Youtube
ASSIS, 20 Set. 16 / 01:15 pm (ACI).- Na meditação que ofereceu hoje na Basílica Inferior de Assis (Itália), o Papa Francisco afirmou que “os cristãos são chamados a ser ‘árvores de vida’, que absorvem a poluição da indiferença e restituem ao mundo o oxigênio do amor”.
A meditação começou com uma leitura em inglês do capítulo 55 do livro de Isaías, no qual o profeta afirma “todos os que tendes sede, vinde às águas, e os que não tendes dinheiro, vinde, comprai e comei; sim, vinde, comprai, sem dinheiro e sem preço, vinho e leite (...) Inclinai os vossos ouvidos, e vinde a mim; ouvi, e a vossa alma viverá; porque convosco farei uma aliança perpétua”.
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Ao terminar, todos os líderes cristãos rezaram a oração do Pai nosso e trocaram o sinal da paz. http://bit.ly/2cABgJV
13: 04 - 20 set 2016
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A primeira intervenção foi do arcebispo anglicano de Canterbury, Justin Welby, quem refletiu sobre a “confiança em que a misericórdia de Cristo é suficiente, que quando escutamos somos nutridos”.
“Precisamos recordar a nossa pobreza e que temos sede da misericórdia do Senhor”, disse. “Quando recebemos a misericórdia e a paz nos convertemos em portadores de misericórdia e de paz, para levá-la através de Cristo a todos os homens”, adicionou.
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Meditação do Papa Francisco com líderes cristãos em Assis. #PapaemAssis
12: 27 - 20 set 2016
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Em seguida, o Patriarca (ortodoxo) ecumênico de Constantinopla, meditou na leitura do Apocalipse e afirmou que “a salvação não foi anunciada como um evento, mas como uma pessoa da qual é necessário ter a experiência e amar (…) o sol de justiça, Cristo nosso Deus”.
“Em Jesus foi cumprida toda a espera messiânica. Essa espera é o princípio que se cumpriu e que nos pede hoje para ser testemunhas privilegiadas (…) Hoje pedem aos cristãos um testemunho de comunhão: ‘se reconhecerão pela maneira como se amam’”.
A meditação do Papa
Depois da leitura do evangelho de São João, o qual relata como deram vinagre ao Senhor na cruz, o Pontífice ofereceu sua meditação e disse: ” À vista de Cristo crucificado, ‘poder e sabedoria de Deus’, nós, cristãos, somos chamados a contemplar o mistério do Amor não amado e a derramar misericórdia sobre o mundo”.
“Na cruz, árvore de vida, o mal foi transformado em bem; também nós, discípulos do Crucificado, somos chamados a ser ‘árvores de vida’, que absorvem a poluição da indiferença e restituem ao mundo o oxigênio do amor”.
“À vista de Jesus crucificado, ressoam também para nós as suas palavras: ‘Tenho sede’”. “De que tem sede o Senhor? ”, questionou o Pontífice e respondeu: “Certamente de água, elemento essencial para a vida; mas sobretudo de amor, elemento não menos essencial para se viver. Tem sede de nos dar a água viva do seu amor, mas também de receber o nosso amor”.
Depois de recordar o exemplo da Madre Teresa e seu serviço aos mais pobres, o Papa disse que na frase “Tenho sede” do Senhor, “podemos ouvir a voz dos que sofrem, o grito escondido dos pequenos inocentes a quem é negada a luz deste mundo, a súplica instante dos pobres e dos mais necessitados de paz”.
“Imploram paz as vítimas das guerras que poluem os povos de ódio e a terra de armas; imploram paz os nossos irmãos e irmãs que vivem sob a ameaça dos bombardeamentos ou são forçados a deixar a casa e emigrar para o desconhecido, despojados de tudo”.
Todos eles, lamentou o Papa, “deparam-se muitas vezes com o silêncio ensurdecedor da indiferença, o egoísmo de quem se sente incomodado, a frieza de quem apaga o seu grito de ajuda com mesma facilidade com que muda de canal na televisão”.
Por isso, o Santo Padre exortou: “Como Maria ao pé da cruz, conceda-nos o Senhor estar unidos a Ele e próximos de quem sofre. Aproximando-nos de quantos vivem hoje como crucificados e tirando a força de amar do Crucificado Ressuscitado, crescerão ainda mais a harmonia e a comunhão entre nós”.
Depois da meditação do Papa, fizeram um pedido pela paz e pelo fim da guerra em diversos países do mundo e acenderam uma vela por cada um dos lugares mencionados:
Birmânia, Burundi, pela paz na Colômbia, América Central, República Democrática do Congo, pela paz entre a Coréia do Sul e Coréia do Norte, pela reconciliação Etiópia e Eritreia, pela paz no Gabão, Iraque, Kashmir, Líbia, Mali, México ferido pelo narcotráfico, Mindanau (Filipinas), Moçambique, pelo fim das tensões na Armênia e pelos Assírios.
Depois todos os líderes cristãos rezaram a oração Nosso Pai e trocaram a saudação da paz.
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