Por Alvaro de Juana
Missa de ação de graças pela canonização. Foto: Daniel Ibáñez / ACI Prensa
VATICANO, 05 Set. 16 / 01:00 pm (ACI).- Milhares de pessoas participaram na manhã desta segunda-feira, 05, da Missa de ação de graças pela canonização da Madre Teresa de Calcutá, no mesmo dia que é celebrada a sua Festa, no qual completa 19 anos da sua morte.
A celebração foi presidida pelo Secretário de Estado, Cardeal Pietro Parolin, quem afirmou na homilia que a Santa nunca cedeu às modas nem se inclinou ante os poderosos e os ídolos do momento.
Madre Teresa “defendeu com coragem os não-nascidos, com essa franqueza de palavra e linearidade de ação que é o sinal mais luminoso da presença dos profetas e dos Santos, os quais não se ajoelhavam ante ninguém, exceto ante o Onipotente, são interiormente livres porque são fortes e não cedem às modas ou aos ídolos do momento, mas se refletem na consciência iluminada do sol do Evangelho”.
“Quantos motivos temos para estar profundamente agradecidos ao Senhor! ”, exclamou o cardeal. “Agradecemos-lhe pelo heroico testemunho de fé dos Santos através do qual Ele torna sempre fecunda a sua Igreja e nos dá, seus filhos, um sinal seguro de seu amor”.
A respeito da nova Santa afirmou: “com sua incessante oração, fonte de grandes óperas de misericórdia corporal e espiritual, foi um nítido espelho do amor de Deus e um admirável exemplo de serviço ao próximo, especialmente às pessoas mais pobres e abandonadas”.
Madre Teresa se definia um “lápis nas mãos do Senhor” e “abriu os olhos ao sofrimento, o abraçou com um olhar de compaixão, todo o seu ser foi interpelado e movido por este encontro que – em certo sentido – transpassou o seu coração, sobre o exemplo de Jesus, que se comoveu pelo sofrimento da criatura humana, incapaz de recuperar-se sozinha”.
O Cardeal se perguntou qual era o segredo da Santa e respondeu que “na verdade não é um segredo, porque acabamos de proclamar em voz alta no Evangelho: ‘Em verdade vos digo que quando o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes”.
Por outro lado, destacou que a santa “foi um sinal de misericórdia muito luminoso”. “Ela sabia que uma das formas mais extremas de pobreza é sentir-se não amado, não desejado, desprezado”. “Um tipo de pobreza que também está presente nos países, nas famílias menos pobres, também nas pessoas pertencentes a categorias que dispõem de meios e possibilidades, mas que experimentam o vazio interior de haver perdido o significado e a direção da vida ou são violentamente atingidos pela desolação dos vínculos quebrados, da dificuldade da solidão, da sensação de haver sido esquecido por todos ou de não servir para ninguém”.
Na homilia, o Secretário de Estado Vaticano também recordou que “identificou ainda os não-nascidos ou ameaçados em sua existência com os ‘mais pobres entre os pobres’”.
Em seguida, disse: “Em Madre Teresa descobrimos aquele feliz e inseparável binômio entre o exercício heróico da caridade e a clareza na proclamação da verdade”.
“Agora no Paraíso, com Maria, Mãe de Deus e todos os Santos, recebe o prêmio maior preparado para ela desde a fundação do mundo, o prêmio reservado aos justos, aos mansos, aos humildes de coração, àqueles que, acolhendo aos pobres, acolhem a Cristo”.
O Cardeal Pietro Parolin recordou ainda que foi no dia 5 de setembro de 1997 que Madre Teresa faleceu. “No dia da sua morte, o céu quis comunicar que uma nova luz se acendia sobre os homens”. “Agora, depois do reconhecimento ‘oficial’ da sua santidade, brilha ainda mais viva”.
“Que esta luz, que é a luz eterna do Evangelho, continue a iluminar a nossa peregrinação terrena e os caminhos difíceis deste mundo!".
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