terça-feira, 6 de setembro de 2016

'Princesa Diana ainda vive'

domtotal.com
"Tempos melhores, em outras casas".
Ilustração de Marguerita Bornstein, de Nova York.
Ilustração de Marguerita Bornstein, de Nova York.

Por Lev Chaim*

“A princesa Diana da Grã-Bretanha ainda vive e sua morte foi encenada, com a autorização da própria princesa. Tudo foi parte de um complô que incluiu até mesmo o Serviço Secreto de Sua Majestade, a rainha Elizabeth II. Ela vive há mais de 19 anos em Cap Cod, incógnita, após ter feito uma série de cirurgias plásticas, ao lado de seu namorado, Dodi Fayed.”

Isto, se acreditarmos no ‘thriller’, “Complô Real”, escrito pela escritora holandesa, Linda Udo, da província de Friesland, no norte do pais. Tanto a escritora como o seu livro jamais ganharam publicidade na Holanda. Só agora é que apareceu na imprensa porque ela teria convencido o diretor de cinema norte-americano, Mark Roemmich, a filmar a história.  

Quando os jornais holandeses foram entrevistá-la, descobriram que ela fala tudo isto muito a sério e reafirma que desde a morte da princesa vem investigando o caso. Pasmem: para a autora, isto não é ficção. As reações a esta teoria são diversas: muitos a acham totalmente louca e outros ficam fascinados com suas histórias, tal qual este diretor de cinema.

Ela disse que pesquisou o dossiê de 1.500 páginas da polícia francesa sobre o acidente fatal que matou Diana e seu namorado em Paris, naquele fatídico acidente do dia 31 de agosto de 1997. E se você tenta espremer a autora para que dê mais evidências, ela cita uma carta de Diana ao seu mordomo, onde ela teria dito: “Tempos melhores, em outras casas”. E afirma também que Dodi Fayed, o amigo de Diana, nos anos oitenta, dirigiu o filme “Morte por ilusão”. Ali ele conta a história de um mafioso, que coloca em cena a sua própria morte em um acidente de túnel.

Por isto, ela acredita que o  próprio Dodi teria colocado em cena a morte da princesa. Na saída do hotel Ritz em Paris, teriam partido dois automóveis idênticos. No auto acidentado estavam atores com máscaras. Logo depois, no caixão de Diana estava o corpo de uma prostituta morta. Isto conforme o seu depoimento dado ao jornal NRC Handelsblad.  

Depois destas afirmações todas, sem sombra de dúvidas, fiquei do lado da turminha que considera esta escritora uma lunática, que tenta vender ficção como verdade. Agora, ela ganhou um pouco de publicidade, mas uma coisa é certa: não vou ler o livro e nem ver o filme.

*Lev Chaim é jornalista, colunista, publicista da FalaBrasil e trabalhou mais de 20 anos para a Radio Internacional da Holanda, país onde mora até hoje. Ele escreve todas as terças-feiras para o Domtotal.

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