sábado, 22 de outubro de 2016

CO² na atmosfera atinge seu mais alto nível em milhões de anos

 domtotal.com
Os níveis mais baixos são geralmente registrados em setembro.
Os níveis mais baixos são geralmente registrados em setembro.

Citando os graves impactos que os recordes de emissões CO² causaram no mês de setembro, o Escritório da ONU para a Redução do Risco de Desastres (UNISDR) pediu que países aumentem o compromisso com a redução da emissão dos gases de efeito estufa.

“É profundamente perturbador saber que os níveis globais das 400 partes por milhão (ppm) já tenham sido alcançados no mês de setembro pela primeira vez”, disse o diretor da agência da ONU, Robert Glasser.

Para o diretor-executivo do PNUMA, Achim Steiner, a América Latina e o Caribe estão na “vanguarda” da luta contra o efeito estufa, buscando fontes renováveis de energia para alcançar o desenvolvimento sustentável.

Citando os graves impactos que os recordes – em 15 a 20 milhões de anos – de emissões CO² causaram no mês de setembro, o Escritório da ONU para a Redução do Risco de Desastres (UNISDR) pediu na semana passada (30) que os governos aumentem o compromisso com a redução da emissão dos gases de efeito estufa.

“É profundamente perturbador saber que os níveis globais das 400 partes por milhão (ppm) já tenham sido alcançados no mês de setembro pela primeira vez”, disse o diretor da agência da ONU, Robert Glasser, em comunicado à imprensa.

“A última vez que os níveis de dióxido de carbono atingiram esse patamar foi há 15 a 20 milhões de anos”, acrescentou.

Segundo Robert Glasser, os níveis mais baixos são geralmente registrados em setembro, o que traduz a improbabilidade de se ver níveis menores que das 400 partes por milhão (ppm) no futuro.

“Estamos elevando sistematicamente os níveis de risco de desastres para as gerações futuras. É possível que eventos climáticos mais severos aconteçam nos próximos anos”, sublinhou Glasser.

Catástrofes climáticas já são responsáveis por 90% de todas as devastações causadas por desastres naturais. Esses desastres são potencialmente prejudiciais, especialmente para os países de baixa e média renda que contribuem pouco paras as emissões de gases de efeitos estufa, mas têm grandes populações expostas a secas, inundações e tempestades.

“Uma ação muito mais vigorosa é necessária para uma razoável chance de limitar o aquecimento global a 2 graus Celsius, embora o Acordo de Paris reconheça que limitar o aquecimento global a 1,5 graus Celsius reduziria significativamente os riscos e os impactos da mudança climática”, frisou Glasser.

A UNISDR é o ponto focal entre as Nações Unidas e das organizações regionais para a coordenação da redução de desastres.

ONU Brasil, 20-10-2016.

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