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Entre 1945 e 1972 inúmeras jovens mães foram forçadas a enviar seus filhos na adoção.
Arcebispo de Westminster, Cardeal Vincent Gerard Nichols
Londres - O arcebispo de Westminster e presidente da Conferência Episcopal da Inglaterra e de Gales, Cardeal Vincent Gerard Nichols, pediu perdão a todos os ingleses pela dor causada a centenas de milhares de jovens-mães obrigadas a abandonar suas crianças mediante a prática da adoção forçada, frequentemente utilizada no período entre 1945 e 1976.
Igreja católica compreende e reconhece sofrimentos causados
Na gravação de um documentário intitulado “O escândalo das adoções na Grã-Bretanha”, que deverá ir ao ar esta quarta-feira (09/11) na emissora britânica ITV, o Cardeal Nichols declarou que a “Igreja católica compreende e reconhece os sofrimentos causados”, reporta a agência Sir.
“As práticas de todas as agências de adoção refletiam os valores sociais daquele tempo e, por vezes, havia falta até mesmo de compaixão e sensibilidade. Portanto, nos desculpamos pela dor e pelo dano provocado por algumas agências ligadas a institutos religiosos.”
Solicitada abertura de investigação
Na gravação do documentário, a advogada Carolyn Gallwey, que pediu à Ministra dos Assuntos Internos Ambra Rudd a abertura de uma investigação, explicou que as mulheres eram convencidas a não contar a ninguém o que lhes tinha acontecido. “Mas agora essas mães têm o direito de descobrir o que aconteceu naqueles anos”, afirmou Gallwey.
Casos análogos na Irlanda
Entre 1945 e 1976, ano em que o Parlamento de Londres modificou a lei sobre a questão, foi registrado no Reino Unido cerca de meio milhão de adoções concernentes a crianças nascidas de mães jovens acolhidas por algumas organizações religiosas ligadas à Igreja católica e à Comunhão anglicana.
Tratou-se de uma prática difusa no mesmo período também na Irlanda, onde em 2014 foi aberta uma investigação sobre algumas casas de acolhimento que hospedavam jovens mães, após o achado macabro de uma “vala-comum” em Tuam, no condado irlandês de Galway, com os corpos de 796 crianças.
Rádio Vaticano
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