sexta-feira, 11 de novembro de 2016

EUA provavelmente não cumprirão seus compromissos climáticos

 domtotal.com
Emissões de gases de efeito estufa dos Estados Unidos vão se manter inalteradas nos próximos 15 anos, segundo este relatório do NewClimate Institute.
Donald Trump faz discurso da vitória em 9 de novrmbro de 2016 em Nova York
Donald Trump faz discurso da vitória em 9 de novrmbro de 2016 em Nova York

Os Estados Unidos provavelmente não cumprirão os seus compromissos de redução de gases de efeito estufa estabelecidos no histórico acordo sobre o clima de Paris, mesmo se o presidente eleito Donald Trump decidisse acatá-los, segundo um relatório publicado nesta quinta-feira.

As emissões de gases de efeito estufa dos Estados Unidos vão se manter inalteradas nos próximos 15 anos, na melhor das hipóteses, segundo este relatório do NewClimate Institute, divulgado durante a Conferência da ONU sobre o clima, realizada esta semana em Marrakesh (COP22).

Esses níveis estáveis representam o descumprimento dos compromissos de redução de emissões, da ordem de 26% a 28% em relação a 2005, que Washington adotou em Paris, lembra o texto.

"Sem medidas adicionais, as emissões nos Estados Unidos permanecerão estáveis até 2030" disse Niklas Hohne, diretor do NewClimate Institute, com sede na Alemanha, e coautor da análise.

O presidente eleito, o republicano Donald Trump, afirmou em várias ocasiões durante a campanha eleitoral que não respeitaria esses compromissos, e que invalidaria os planos de conversão energética adotados pelo governo Obama, lembrou Hohne.

Durante a campanha, Trump disse que o aquecimento global era uma "fraude" inventada pelo governo chinês para prejudicar as empresas americanas.

O acordo de Paris foi assinado por 196 nações em dezembro de 2015 e entrou em vigor no mês passado, após ter sido ratificado por mais de cem países.

Segundo as previsões de especialistas, a temperatura média do planeta subirá 2,8º C se todos os países cumprirem suas reduções de emissões.

Se o nível atual de emissões não for alterado, o termômetro do planeta aumentará 3,6º C até o final do século, de acordo com os cientistas.


AFP

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