quarta-feira, 9 de novembro de 2016

Madre Teresa: da lixeira a padre, Emmanuel Leclercq: “Salvo por uma Santa”


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História do jovem seminarista com imagens e fotos

“Madre Teresa recuperou-me da lata do lixo. Nasci dia 9/091982 e vivi dez dias com os meus pais. Dia 19/09 minha mãe me jogou na lata de lixo em f/rente à casa das Irmãs da Caridade” de Amravati, uma favela de Bombaim.
Foi assim que Emmanuel Leclercq – nascido na Índia, adotado por uma família francesa e hoje seminarista da diocese de Avignon – contou, aos microfones da Tg2000 no telejornal da Tv2000, alguns detalhes inéditos de sua história incrível.


A pouco mais de dois meses da canonização de Madre Teresa o Tg2000 [canal de Tv católica da Itália], que esta noite fará a sua estreia na nova edição das 20.30h, recolheu o testemunho do seminarista publicando imagens e fotos inéditas, graças ao trabalho da diretora Pina Cataldo.
“Se a minha mãe me deixou numa lata de lixo em frente à Casa de Madre Teresa – acrescentou Emmanuel – não foi por acaso. Deus quis que eu fosse jogado naquela lata de lixo! Por quê? Eu não sei. Talvez um dia eu venha a sabê-lo. Quando fui encontrado por Madre Teresa em 19 de setembro de 1982, eu tinha o nome da minha mãe escrito no braço e a data do abandono. O nome da minha mãe é Subadhra, um nome hindu, que significa “a boa mãe”. Eu também tinha no pescoço um pequeno colar no qual estava escrito em hindu o meu nome: Robin”.
“Agradeço à minha mãe – prosseguiu Emmanuel – por me ter dado um nome e agora que me chamo Emmanuel, dei o nome de Robin ao meu anjo da guarda. Eu diria que o meu anjo da guarda é a voz imperceptível e mão miudinha de Madre Teresa vigiando sobre mim todos os dias. A minha mãe abandonou-me por amor, porque na palavra “abandono” está a palavra “dono” [dom, em italiano]. Eu fui “abbandonato”[abandonado], para depois ser “donato” [dado].
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RV18918_ArticoloEmmanuel Leclercq – Foto Radio Vaticano
E fui dado a uma família, porque após um ano de permanência na casa das Missionárias da Caridade fui adotado por uma família francesa. Devo tudo a eles: deram-me de novo uma dignidade, educaram-me, deram-me a possibilidades de estudar e, graças a eles, posso tornar-me padre. Faltam três anos para eu realizar esse sonho”.
“Durante onze meses – contou Emmanuel – estive nos braços de Madre Teresa num berço da casa para as crianças abandonadas, porque ela pessoalmente me recolheu da sujeira para me colocar num berço. E o calor de Madre Teresa, quando ele me tomava em seus braços, sinto-o até hoje”.
“Conheci a minha história – lembrou Emmanuel – porque os meus pais adotivos a contaram para mim, quando eu tinha 7 anos de idade. Mas depois, no verão passado, quando voltei à Índia, pela primeira vez, depois de mais de trinta anos, tive a alegria de encontrar uma freira que é agora tem 90 anos e que estava presente quando fui encontrado na lata de lixo.
Contou-me a minha história e mostrou-me o colar com o meu nome ‘Robin’ e o registo onde estava escrito o meu nome, a data de nascimento e a data do abandono, que eu trazia escritas no braço, e também a data em que fui achado que era o mesmo dia do abandono. Quando eu vi o registro, agradeci ao Senhor antes de tudo pelo o primeiro dom, o da vida. Depois agradeci a minha mãe que me concebeu e me pôs no mundo, agradeci a Madre Teresa que me encontrou e salvou, por fim agradeci à mãe que me adotou”.
“Infelizmente – concluiu Emmanuel – não encontrei a minha mãe, porque a irmã me disse que não era possível encontrá-la, porque no meu braço só estava escrito o seu nome, Subadhra, que é muito comum na Índia e não há nenhum documento que possa ajudar-nos a encontrá-la. Mas eu nunca deixei de procurá-la, rezo sempre por ela e digo a mim mesmo: ‘Talvez já tenha falecido, talvez eu tenha irmãos e irmãs, marco encontro com eles lá em cima no céu para cantarmos juntos a glória de Deus’ “.

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