Agência Ecclesia 10 de Dezembro de 2016, às 17:42
Eugénio da Fonseca realça que a solução da pobreza passa por medidas estruturantes
Lisboa, 10 dez 2016 (Ecclesia) – O presidente da Cáritas Portuguesa lamentou, este sábado, que a Europa esteja a dar o “exemplo vergonhoso” de “se desculpar em burocracias” em relação aos refugiados.
Na celebração dos 60 anos da Cáritas Portuguesa, Eugénio da Fonseca disse à Agência ECCLESIA que o organismo a que preside está a trabalhar em parceria com outras entidades para acolher mais 400 refugiados.
Com o anúncio da visita do Papa Francisco a Portugal, em Maio, de 2017, o presidente da Cáritas Portuguesa realçou que a Plataforma de Apoio aos Refugiados (PAR) tem uma prenda para oferecer ao papa argentino.
A oferenda era conseguir atingir, “o mais próximo possível, de cada paróquia acolher uma família” de refugiados, referiu.
Na sua história, a Cáritas Portuguesa teve a campanha do queijo e do leite que foi “objeto de alguma piada”.
Olhando para trás, Eugénio da Fonseca salienta que alguns peritos referem que a “Cáritas Portuguesa mudou a dieta alimentar dos portugueses” porque através desses alimentos – vindos da América e da Europa – se atenuou o “fenómeno das sopas de cavalo cansado”.
Com 60 anos de história, a Cáritas Portuguesa também auxiliou muitas pessoas – através da criação de postos de trabalho - que vieram dos países do ultramar por força da “descolonização”.
Nos tempos que correm, Eugénio da Fonseca refere que a solução da pobreza passa por “medidas estruturantes, decididas e não cosméticas”.
Em termo das desigualdades sociais que “marcam muito a evolução no mundo”, estas discrepâncias “estão relacionadas com a distribuição dos rendimentos”, denunciou o presidente da Cáritas Portuguesa.
PR/LFS
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