quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

Cláudio Melo Filho: 10 milhões de reais ao PMDB a pedido do presidente Michel Temer

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Ex-presidente da empreiteira confirmou episódio citado por Melo sobre jantar com Temer.
Em delação, Melo Filho citou recursos repassados a diversos líderes peemedebistas.
Em delação, Melo Filho citou recursos repassados a diversos líderes peemedebistas. (Agência PT)

O ex-presidente da Odebrecht, Marcelo Odebrecht, confirmou à força-tarefa da operação Lava Jato o conteúdo da delação premiada do ex-executivo da empreiteira Cláudio Melo Filho sobre pagamento de 10 milhões de reais ao PMDB a pedido do presidente Michel Temer, segundo reportagem do jornal Folha de S.Paulo desta quarta-feira.

Marcelo, que também fechou acordo de delação com a Lava Jato, confirmou em depoimento em Curitiba o episódio citado por Melo Filho sobre jantar com o então vice-presidente Temer no Palácio do Jaburu, em 2014, no qual foi acertado o pagamento dos 10 milhões de reais para campanha do PMDB, afirmou a Folha.

O patriarca da empresa, Emílio Odebrecht, também iniciou seu depoimento no acordo de delação premiada e foi à sede da Procuradoria-Geral da República em Brasília na terça-feira, segundo o jornal.

Também nesta quarta-feira, o jornal o Estado de S. Paulo afirma que o Palácio do Planalto está preocupado com o fato de Melo Filho ter dito à Lava Jato possuir elementos de prova, como ligações telefônicas, sobre suposto pedido de dinheiro por Temer.

Melo Filho, ex-diretor de Relações Institucionais da Odebrecht, citou recursos repassados a diversos líderes peemedebistas em sua delação, de acordo com vazamentos do conteúdo.

Foram citados o presidente Michel Temer, o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, o secretário do Programa de Parcerias de Investimento, Moreira Franco, o líder do partido no Senado, Eunício Oliveira (CE), o presidente da Casa, Renan Calheiros (AL), e o líder do governo no Congresso, Romero Jucá (RR), além de políticos de outros partidos, como o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ).

Os políticos negaram qualquer irregularidade.


Reuters

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