quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

China pede que Vaticano seja flexível e pragmático em laços

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China pede que Vaticano seja flexível e pragmático em laços
Um dos obstáculos é a questão de quem deve nomear um clérigo de alto escalão.
Wang Zuoan, chefe da Administração Estatal para Questões Religiosas.
Wang Zuoan, chefe da Administração Estatal para Questões Religiosas. (Divulgação)
Por Ben Blanchard

O Vaticano deve tomar medidas para melhorar relações com a China, disse o chefe de questões religiosas chinês nesta terça-feira (27), uma semana após a Igreja Católica Romana dizer que espera "sinais positivos" de Pequim.

O papa Francisco tenta cicatrizar uma ruptura de décadas com a China, onde católicos são divididos entre leais a ele e ao Vaticano ou são membros de uma igreja oficial controlada pelo governo.

Um dos obstáculos para melhores relações é a questão de quem deve nomear um clérigo de alto escalão.

A China diz que bispos devem ser nomeados pela comunidade local católica chinesa e se recusa a aceitar a autoridade do papa, que é visto pelo país como chefe de um Estado estrangeiro e não possui direito de intromissão em questões de Pequim.

Wang Zuoan, chefe da Administração Estatal para Questões Religiosas, disse nesta terça-feira, segundo a agência de notícias Xinhua, que a China "espera que o Vaticano tome uma atitude ainda mais flexível e pragmática, e tome medidas verdadeiras para criar condições benéficas para a melhora nas relações".

A China quer conversas construtivas para diminuir as diferenças, aumentar o consenso e promover relações, disse Zuoan durante encontro de católicos chineses.

"A posição do governo chinês em melhorar laços sino-vaticanos sempre foi clara e consistente", acrescentou.

O Vaticano informou na semana passada que está "certo que todos católicos na China aguardam sinais positivos que iriam ajudá-los a ter confiança no diálogo entre autoridades civis e a Santa Sé e esperança por um futuro de unidade e harmonia".

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Reuters

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