quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

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Episódio se deve a um aumento da emissão de partículas que permanecem perto do chão.
Paris está sofrendo o pior e mais prolongado episódio de poluição invernal dos últimos 10 anos.
Paris está sofrendo o pior e mais prolongado episódio de poluição invernal dos últimos 10 anos. (AFP)

Paris está sofrendo o pior e mais prolongado episódio de poluição invernal dos últimos dez anos, indicou nesta quarta-feira o organismo de vigilância de qualidade do ar na capital francesa, Airparif.

Este episódio se deve a um aumento da emissão de partículas causado pelo tráfego e pela calefação com lenha, e por persistentes condições meteorológicas - pouco vento, temperaturas contrastadas -, que favorecem que estes elementos permaneçam perto do chão, explicou a agência.

A "superação do nível de alerta por poluição com partículas", ou seja, uma concentração superior a 80 microgramas/m3 de partículas finas no ar, ocorre há uma semana e se prolongará na quinta-feira, segundo Airparif.

A quinta-feira, dia 1º de dezembro, foi o dia recorde de poluição, com concentrações máximas de 146 microgramas/m3.

Pela quarta vez em 20 anos, as autoridades francesas impuseram na terça e nesta quarta-feira um dispositivo rodízio em Paris e seus arredores, para tentar lutar contra a poluição.

Os veículos com placas pares puderam circular na terça-feira, e os com placas ímpares nesta quarta, além dos automóveis com ao menos três ocupantes e os que têm alguma derrogação.

Entre outras medidas adotadas em Paris e sua região figuram a gratuidade dos transportes públicos, limitações de velocidade nos grandes eixos viários e a proibição para os caminhões de transitar pela capital.

A poluição também afetou na terça-feira as cidades de Lyon (centro-leste), e as regiões próximas de Chambéry e Annecy.

As partículas finas são especialmente nocivas para a saúde. Podem gerar câncer, asma, alergias ou doenças respiratórias ou cardiovasculares. O dióxido de nitrogênio, emitido sobretudo por motores a diesel, provoca asma e doenças pulmonares nas crianças.

AFP

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