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Fazer memória da vida, da pessoa e do legado de Libanio é fazer memória da lucidez da fé e da preciosidade do labor teologal, como verdadeiro serviço ao Reino de Deus.
30 de Janeiro: 3 anos sem Libanio. (jblibanio.org.br)
Por Felipe Magalhães Francisco*
Dedicar uma matéria especial ao teólogo mineiro João Batista Libanio, padre jesuíta, mais que um exercício intelectual é um movimento afetivo. Na ocasião em que celebramos três anos de sua Páscoa definitiva (30 de janeiro), ainda temos viva em nossa memória os encontros marcantes com este homem de profundezas muitas e sensibilidade humana e intelectual fascinantes. Fazer memória da vida, da pessoa e do legado de Libanio é fazer memória da lucidez da fé e da preciosidade do labor teologal, como verdadeiro serviço ao Reino de Deus.
Sua produção intelectual é um marco definitivo para quem quer conhecer a teologia latino-americana, em profunda consonância com tudo aquilo que era produzido em todo o mundo: verdadeiramente, Libanio foi um homem atento aos sinais dos tempos e soube interpretá-los perspicazmente e como poucos o fizeram. A leveza de suas palavras e a contundência de suas reflexões calavam fundo no coração de quem o ouvia e sua extensa e rica produção teológica continua a falar aos homens e mulheres que buscam dar razão à sua esperança.
O primeiro artigo de nossa matéria especial, do graduando em Teologia e pesquisador Francisco Thallys Rodrigues, O teólogo que não tinha medo das letras, aborda a obra libaniana, atrelada à vida dedicada ao serviço do Reino, nos empobrecidos e empobrecidas do mundo. Refletindo sobre a vida de nosso teólogo, o autor ressalta traços importantes da obra de Libanio, como verdadeiro convite para que nos debrucemos sobre ela.
O grande intelectual que foi Libanio só alcançou tal patamar de sabedoria graças ao seu cuidado pastoral, destino primeiro e último de toda a sua obra. É o que nos ajuda a perceber o artigo A arte de fazer-ensinar teologia pastoral, do doutorando em Ciências da Religião, Edward Neves Guimarães. Partindo de três fundamentais traços do fazer-ensinar de Libanio, o autor nos introduz na riqueza teologal de nosso homenageado, possibilitando-nos conhecer mais sobre sua vida e sua obra.
Por fim, o texto do teólogo Pe. Manoel Godoy, O insubstituível Pe. Libanio, permite-nos refletir sobre a importância da vida e da obra de João Batista Libanio, a riqueza de seu legado e a falta, em muitos sentidos, que nos faz, tamanha lucidez e testemunho, em tempos tão difíceis.
Ao Pe. Libanio, muito obrigado por contribuir com um mundo mais humano e atento aos sinais dos tempos!
*Felipe Magalhães Francisco é mestre em Teologia, pela Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia. Coordena a Comissão Arquidiocesana de Publicações, da Arquidiocese de Belo Horizonte. Articula a Editoria de Religião deste portal. É autor do livro de poemas Imprevisto (Penalux, 2015).
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