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É Jesus o mestre da não violência quando ensina o caminho das bem aventuranças que exige dos discípulos o amor incondicional aos inimigos.
Madre Teresa , Ghandi, Ghaffar Khan, Luther King e outros são modelos de quem persegue a paz. (Divulgação)
Por Dom Roberto Francisco Ferreria Paz
Na sua mensagem para a celebração do 50º Dia Mundial da Paz, o Papa Francisco discorre e reflete sobre a não violência. Considera-a um estilo de política para a paz, isto é, a partir da paz e da caridade expressas nesta atitude de desarmamento espiritual e mansidão, se concretiza a não violência como proposta capaz de criar novos relacionamentos e espaços a nível internacional, nacional e local.
A seguir o Papa mostra o cenário de um mundo dilacerado, e a violência que se exerce aos pedaços, destruindo e ceifando vidas, favorecendo aos senhores da guerra. Na verdade a não violência se ancora e respalda na mensagem evangélica, apresentada por Jesus que coloca as raízes da violência no coração humano. É Jesus o mestre da não violência quando ensina o caminho das bem aventuranças que exige dos discípulos o amor incondicional aos inimigos e o perdão e a acolhida fraterna permanente (70 x 7). Ser cristão como afirma São Francisco, é viver reconciliado e ser agente de reconciliação e concórdia.
A não violência para os seguidores de Cristo não é apenas uma técnica ou comportamento tático, mas um modo de ser e de viver, fundamentado na firme convicção do poder do amor e da verdade que vem de Deus. A não violência longe de ser uma expressão de debilidade, rendição ou até de covardia, é sem duvida mais forte e poderosa que a violência porque vai direto a consciência dos violentos, que ao se sentir respeitados, e amados incondicionalmente se sentem atingidos como pessoas humanas e chamados a conversão.
Foi testemunhada e exercida por líderes espirituais de grande vulto, profundamente atuais: Madre Teresa de Calcutá, Mahatma Ghandi, Khan Abdul Ghaffar Khan na libertação da Índia; Martin Luther King contra a discriminação e desigualdade racial, e as várias lideranças femininas de hoje, como Leydmh Gbowee e milhares de mulheres liberianas que lutam pela paz em seu país. Esta educação para a não violência tem uma raiz forte na família. Ela constitui para o Papa Francisco o cadinho indispensável no qual os cônjuges, país e filhos, irmãos e irmãs aprendem a se comunicar e a cuidar uns dos outros com gratuidade, abrindo-se para o diálogo e o perdão.
Finalmente, o Pontífice faz um convite a assumir a construção da paz pela não violência, apresentando a mística das bem avemturanças como programa de vida, escolhendo sempre a solidariedade fraterna,n consolidando novos vínculos e a amizade social. O importante é caminhar fazendo acontecer processos que respeitem as diferenças e as incluam conservando as preciosas potencialidades das polaridades em contraste. Que Nossa Senhora, Rainha da paz, nos sirva de guia e nos torne a todos (as) em artesãos.
CNBB
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