Vítimas estavam já reunidas no hall para evacuação mas não escaparam a tempo. Sismos de quarta-feira provocaram avalanche. Duas pessoas sobreviveram.
JOANA AMARAL CARDOSO 19 de Janeiro de 2017,
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REUTERS/HANDOUT
Uma avalanche na montanha Gran Sasso, na região italiana de Abruzzo, terá causado "muitos mortos", segundo Antonio Crocetta, o responsável das equipas de salvamento disse à agência de notícias italiana Ansa. Os sismos de quarta-feira estarão na origem do deslizamento de terras, que terá ocorrido quarta-feira pelas 22h e que gerou uma "avalanche de grandes dimensões que engoliu totalmente o hotel", como escreveu no Facebook o autarca local, Ilario Lacchetta. "Chamamos em voz alta mas ninguém responde", diz um dos membros da equipa de socorro no local, onde há dois sobreviventes, quatro mortos e mais de duas dezenas de desaparecidos. A ajuda demorou horas a chegar devido ao mau tempo.
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No Hotel Rigopiano, em Farindola (a cerca de 180 quilómetros de Roma), estavam 20 hóspedes e sete empregados, escreve o diário Corriere della Sera, que tinha inicialmente indicado a presença de 22 hóspedes. Agora, os bombeiros descrevem-no aos jornalistas no local como "dizimado". Duas pessoas foram resgatadas com vida, uma delas com a mulher e dois filhos ainda no interior do edifício soterrado, e os seus relatos estão a permitir reconstituir os acontecimentos de quarta-feira. A protecção civil italiana emitira na quarta-feira um alerta de perigo de avalanche nas zonas próximas da região montanhosa de Marche, entre os montes Apeninos e o mar Adriático, da qua faz parte a Gran Sasso, e os hóspedes estariam prontos para sair, aguardando um limpa-neves.
Três mortos foram retirados pelas equipas de socorro até ao início desta tarde, o primeiro dos quais pelas 9h30 locais (8h30 em Lisboa). Durante a tarde foi retirado mais um corpo, perfazendo assim um total de quatro mortos confirmados até ao momento. Os socorristas relatam dificuldades em remover a neve gelada e no edifício, de cujo o interior já há algumas imagens, falam ao canal Sky24 de um "cenário apocalíptico". A avalanche foi uma massa algo dispersa mas densa de árvores, gelo, pedras e neve que os sobreviventes viram chegar e que arrastou tudo no seu caminho, dizem testemunhos citados pelos diários italianos. O responsável das equipas de salvamento, Antonio Crocetta, acrescentou cerca das 11h locais que "há muitos desaparecidos" e o presidente da província de Pescara, Antonio di Marco, escreveu no Facebook que o edifício "se deslocou dez metros" com a força do embate.
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