terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

Francisco: Coragem, oração e humildade são chaves para transmitir a Palavra de Deus

Por Miguel Pérez Pichel
Imagem referencial / Papa Francisco celebra Missa na capela da Casa Santa Marta. Foto: L'Osservatore Romano.

VATICANO, 14 Fev. 17 / 10:30 am (ACI).- As chaves de uma boa evangelização são a coragem, a oração e a humildade. Isto afirmou o Papa Francisco durante a homilia da Missa celebrada na manhã de hoje na Casa Santa Marta, no Vaticano.

O Santo Padre citou como exemplo de evangelizadores São Cirilo e São Metódio, Padroeiros da Europa, “irmãos intrépidos e testemunhas de Deus que fizeram a Europa mais forte”.

Em sua reflexão, o Pontífice assinalou que “a Palavra de Deus não pode ser levada como uma proposta, como uma ideia filosófica ou moral. Não. É outra coisa. Precisa ser proposta com esta franqueza, com aquela força, para que a Palavra penetre, como diz o próprio Paulo, até os ossos”.

“A Palavra de Deus deve ser anunciada com esta franqueza, com esta força, com coragem. A pessoa que não tem coragem – coragem espiritual, coragem no coração, que não está apaixonada por Jesus, de quem vem a coragem – não, dirá algo de interessante, algo moral, algo que fará bem, um bem filantrópico, mas não tem a Palavra de Deus. E esta palavra é incapaz de formar o povo de Deus. Somente a Palavra de Deus proclamada com esta franqueza, com esta coragem, é capaz de formar o povo de Deus”.

“A Palavra de Deus deve ser proclamada com oração”, indicou o Bispo de Roma. “Sempre. Sem oração, pode-se fazer uma bela conferência, uma bela palestra, mas não é a Palavra de Deus. Somente de um coração em oração pode sair a Palavra de Deus”.

Além disso, o Santo Padre destacou que a oração é essencial “para que o Senhor acompanhe este ‘semear’ a Palavra, para que o Senhor regue a semente e brote a Palavra”.

“A Palavra de Deus deve ser proclamada com oração: a oração daquilo que anuncia a palavra de Deus”, disse.

“O verdadeiro pregador é o que sabe ser fraco, sabe que não se pode defender sozinho”, assinalou e indicou que “quando o pregador se acha muito inteligente ou quando quem tem responsabilidade de levar adiante a Palavra de Deus e quer dar uma de esperto, ele termina mal”.

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