domingo, 19 de fevereiro de 2017

Papa pede fim de clima de «rancor» nas relações familiares e sociais


Agência Ecclesia 19 de Fevereiro de 2017, às 19:31       

Visita a paróquia dos subúrbios e recordou momentos difíceis que teve de superar

Roma, 19 fev 2017 (Ecclesia) – O Papa apelou hoje ao fim da cultura de “vingança” e “rancor” nas relações familiares e sociais, durante uma visita à paróquia romana de Santa Maria Josefa do Coração de Jesus, na periferia leste da capital italiana.

“Nada de vingança. Nada de rancor. ‘Mas esta pessoa faz-me a vida impossível! Aquela vizinha dali fala mal de mim todos os dias! Eu também vou falar mal dela…’ Não! O que é que diz o Senhor? Reza por ela”, apelou, na homilia da Missa a que presidiu, já no final da visita.

O Papa propôs o “caminho do perdão” para que todos possam esquecer as ofensas e rejeitar a violência.

“O mal não se vencer com o bem, o pecado vence-se com esta generosidade, com esta força. É feio, o rancor, todos sabemos que não é uma coisa pouca”, assinalou.

Francisco declarou que todos têm “inimigos” e pessoas que falam mal, realçando que os católicos têm de “rezar pelos que não são bons, por todos”.

O encontro com os paroquianos começou junto das crianças, dos jovens, dos doentes e das famílias ajudadas pela Cáritas local, antes de o próprio Papa confessar alguns fiéis.

Já ao despedir-se da multidão, antes de regressar ao Vaticano, o Papa deixou uma bênção a todos os católicos e também aos muçulmanos.

A visita decorreu com muitos abraços, aplausos e pedidos de ‘selfies’, particularmente pelos mais novos.

Com as crianças, o Papa recordou o momento da sua eleição, sublinhando que no Conclave não é escolhido “o mais inteligente”, mas “aquele que Deus quer naquele momento para a Igreja”.

Francisco disse que se gosta de sentir “bispo” e “pai”, caso contrário “falta alguma coisa” na sua missão.

A conversa evocou os “momentos difíceis” que o Papa viveu, sobretudo com os problemas de saúde na sua juventude que quase o levaram à morte.

O primeiro pontífice nascido da América Latina assinalou que todos têm dificuldades na vida e que as mesmas se ultrapassam com “fé” e com “coragem”.

O Papa levou para o Vaticano, como recordação desta visita, um quadro de Nossa Senhora da Ternura.

OC

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