Se ao longo dos anos o `homem branco´mudou hábitos e não deixa de ser `homem branco´, porque é que os índios, só porque se foram adaptando aos tempos modernos, deixam de ser índios? Esta é a pergunta deixada pelo filme promocional da nova campanha do Instituto Socioambiental (ISA), que pretende chamar a atenção, que para terem as suas identidades e os seus direitos respeitados, os indígenas não precisam viver parados no tempo ou num museu.
«Parte da população criou no imaginário a figura do índio `puro´, o índio mais índio do que os outros, como se aqueles que fugissem desse estereótipo não merecessem ter os seus direitos garantidos. Queremos quebrar esse preconceito», afirma Mariana Borga, diretora criativa da J. Walter Thompson, a agência parceira do ISA responsável pela campanha.
Filmado numa comunidade da etnia baniwa, no Alto Rio Negro, no estado do Amazonas, no Brasil, o vídeo promocional é um convite a que se olhe para os povos indígenas com mais generosidade e respeito. «Estamos felizes por poder ajudar a combater o preconceito que sofremos e que sabemos que parentes nossos em várias partes do país também sofrem, muitas vezes com violência», adianta André Baniwa, uma das principais lideranças da etnia que protagoniza a campanha.
O ISA é uma das principais organizações ambientalistas e indigenistas do Brasil. Existe há 23 anos e tem como objetivo defender os povos indígenas, as comunidades tradicionais, os direitos humanos e o património cultural, além de procurar valorizar a diversidade socioambiental no Brasil.
Fátima Missionária
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