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Infográfico sobre os candidatos populistas nas eleições em Holanda, França e Alemanha (AFP)
Holanda
O Partido para a Liberdade (PVV) anti-Islã de Geert Wilders se tornou na quarta-feira a segunda força política no Parlamento europeu, atrás dos Liberais, com 20 assentos num total de 150 (resultados provisórios), cinco eleitos a mais que nas últimas eleições, realizadas em 2012.
França
A Frente Nacional (FN), fundada em 1972 por Jean-Marie Le Pen e presidida desde 2011 por sua filha Marine, candidata à presidência de 23 de abril e 7 de maio.
Apontada como presença certa no segundo turno da eleição em todas as pesquisas, mas derrotada no duelo final, Marine Le Pen faz campanha pela saída do euro e pela restauração das fronteiras nacionais.
A FN, que tem dois representantes na Assembleia Nacional e dois no Senado, venceu o primeiro turno das eleições regionais de dezembro de 2015 (27,7% dos votos), mas não conseguiu conquistar qualquer região no segundo turno.
Hungria
O Jobbik (Movimento por uma Hungria melhor) presidido por Gabor Vona, é a segunda força no Parlamento, com 24 deputados.
Frente à linha dura anti-imigração e autoritária do primeiro-ministro Viktor Orban, o Jobbik deixou para trás os slogans violentamente racistas e antissemitas empregados no início, para ganhar maior aderência.
Áustria
O Partido da Liberdade da Áustria (FPÖ) foi fundado em 1956 por ex-nazistas e é atravessado por correntes pangermanistas e liberais.
Qualificado para o segundo turno da eleição presidencial de dezembro de 2016, seu candidato Norbert Hofer fracassou em se tornar o primeiro presidente de extrema-direita de um Estado europeu.
O FPÖ conta com 38 deputados no Parlamento nacional.
Alemanha
A Alternativa para a Alemanha (AfD), formação populista anti-imigrantes criada em 2013, flerta com a extrema-direita e ambiciona, por ocasião das legislativas de 24 de setembro, tornar-se o primeiro partido da direita dura a entrar no Bundestag desde 1945.
Itália
A Liga do Norte, antigo movimento separatista, foi transformado sob a liderança de Mattero Salvini, que tomou as rédeas no início de 2014, em um partido anti-euro e anti-imigrantes. No início de dezembro de 2016, fez campanha com sucesso em favor do "não" no referendo sobre a revisão constitucional, que resultou na queda do governo de Matteo Renzi.
A Liga do Norte conqusitou 18 cadeiras na Câmara dos Deputados nas eleições legislativas de 2013.
Bélgica
O Vlaams Belang (VB, Interesse flamengo) prega a independência dos Flandres, província de língua flamenga da Bélgica. Ocupa desde junho de 2014 três dos 150 assentos na Câmara de Representantes, em queda, após perder adeptos para o partido nacionalista Nova Aliança Flamenga (N-VA).
Grécia
Aurora Dourada (AD), o partido neonazista e xenófobo de Nikos Michaloliakos, teve sucesso nas eleições parlamentares de setembro de 2015, com a reeleição de 18 deputados.
Mas no início de março, o partido, cujos 13 membros são julgados há quase dois anos por formação de "grupo criminoso", perdeu seu lugar de terceira força no Parlamento a favor do PASOK (socialista), após a deserção de um deputado.
Suécia
Os Democratas da Suécia (SD) conseguiu um avanço histórico em setembro de 2014, tornando-se a terceira força do país, com 13% dos votos. Eles contam com 48 de 349 assentos no Parlamento após a exclusão no início de fevereiro de um deputado por antissemitismo.
Criado em 1998 e presidido por Jimmie Åkesson, este partido nacionalista e anti-imigração se distanciou de grupos racistas e violentos, muito ativos na década de 1990.
Eslováquia
Nossa Eslováquia (LSNS), partido neonazista de Marian Kotleba, criado em 2012, aproveitou-se do medo dos migrantes para entrar em março de 2016 no Parlamento, com 14 assentos de um total de 150.
Bulgária
A União Nacional Ataque (Ataka), dirigida por Volen Siderov, ataca as minorias nacionais, em especial os ciganos. Conquistou em 2014 11 assentos no Parlamento, em claro recuo em relação à eleição interior.
Reino Unido
O Partido para a Independência do Reino Unido (Ukip), sem ser classificado de extrema-direita, é declaradamente anti-imigrante e eurófobo.
Ele elegeu no final de novembro de 2016 um novo chefe, Paul Nuttall, sucedendo Nigel Farage, um ator importante no Brexit.
O Ukip se tornou em 2015 a terceira força política do país, com quase 13% dos votos, mas dispõe apenas de um deputado do Parlamento.
AFP
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