Cidade do Vaticano (RV) – Mais de cem mil mulheres estrangeiras se prostituem na Itália. Têm entre 15 e 25 anos e são em maioria nigerianas, romenas, albanesas, chinesas e sul-americanas. Atraídas pela esperança de uma vida melhor, caem na rede do tráfico e sobrevivem vendendo seus corpos nas ruas das periferias ou em porões de boates. A elas é dedicada a Via Sacra ‘Pelas mulheres crucificadas’, que sexta-feira (07/04) chega à terceira edição.
Na noite de Roma, a caminhada atravessará sete estações no bairro da Garbatella, chegando à igreja de Santa Francisca Romana. Ali, algumas jovens vão testemunhar a experiência vivida como vítimas desta condição de escravidão.
A iniciativa é promovida pela Diocese de Roma e a Comunidade Papa João XXIII, visitada em 2016 pelo Papa Francesco, que no âmbito das ‘sextas-feiras da misericórdia’, encontrou 20 mulheres hóspedes que foram libertadas do tráfico.
Na audiência geral da última 4ª feira, Francisco convidou os fiéis a se unirem à Via Sacra e o arcebispo Angelo Becciu, substituto da Secretaria de Estado, anunciou sua participação.
“Desçamos às ruas juntos”, exortam os organizadores, “para abraçar simbolicamente todas as estradas deste horrível mercado, para doar solidariedade e elevar uma súplica ao Senhor para as jovens irmãs que pedem para ser libertadas”.
O fenômeno da prostituição quadruplicou nos últimos dois anos em função do incremento dos desembarques de migrantes na Itália.
Na edição de 2016, cerca de 8 mil pessoas aderiram à Via Sacra ‘Pelas mulheres crucificadas’.
(from Vatican Radio)
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