Evento que abre nesta quarta e vai até domingo tem recorde de convidados negros. Vídeo mostra assuntos que devem ser destaques.
Por Cauê Muraro, G1, em Paraty
Um recorde de escritoras e escritores negros (30%) dos convidados; uma homenagem ao “injustiçado” Lima Barreto; um espaço considerável a autores independentes (ou “dos subúrbios”, como diz a curadoria); dois nomes estrangeiros premiados (um deles, com obra candidata a polêmica); e a “volta da literatura” ao centro dos debates.
Devem ser esses os destaques da 15ª Festa Literária Internacional de Paraty (Flip), que começa nesta quarta-feira (26) e vai até domingo (30).
O G1 selecionou os cinco temas que certamente vão dominar as discussões ao longo de todo o evento. Veja no vídeo acima.
Veja, abaixo, os 5 temas imperdíveis da Flip 2017:
1. Recorde de escritoras e escritores negros
A escritora Conceição Evaristo, convidada da Flip 2017 (Foto: Divulgação/Flip).
A Flip 2017 é considerada a mais negra de todas as edições do evento: 30% dos convidados da programação principal são escritores negros ou escritoras negras. O dado vai contra o histórico recente do evento: no ano passado, por exemplo, não havia um único negro sequer na programação principal – tanto é que a Flip chegou a ser chamada de “arraiá da branquidade”. Na época, a curadoria reconheceu o que chamou de “lacuna”.
Já a curadora da atual edição cita ainda que esta é a “Flip da diversidade”. Isso porque, pela primeira vez, a programação principal tem mais mulheres do que homens: dos 46 convidados, são 24 mulheres e 22 homens.
“Dessa paridade de gêneros aí eu tive de tomar conta, porque você acaba recebendo mais sugestões de autores homens, no sentido de que os editores publicam mais homens, os homens historicamente escreveram mais, publicaram mais, foram mais premiados e ainda por cima viajam com mais prontidão”, afirmou Joselia Aguiar ao G1.
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