Pe. Lawrence Carney / Crédito: National Catholic Register
MISSOURI, 15 Jul. 17 / 02:00 pm (ACI).- Pe. Lawrence Carney foi apelidado de “The Walking Priest” (O sacerdote caminhante), em alusão a uma popular série de televisão, decidiu evangelizar nas ruas usando uma batina, um capelo, um terço na mão e um grande crucifixo na outra.
O sacerdote, que nasceu na cidade de St. Joseph, no estado de Missouri (Estados Unidos), disse ao ‘National Catholic Register’ que evangelizar enquanto caminha pelas ruas é o seu método de mostrar uma presença visível da Igreja na sua comunidade e em muitos outros setores que se sentem atraídos a conversar com ele.
“Escutar, sorrir, dar alguns conselhos, inclusive se uma pessoa começa a ser combativa. Quero que cada pessoa que eu conheço se sinta bem ao conversar comigo novamente. Isso os preparará para o momento em que surgirem as verdadeiras perguntas, no momento da sua conversão”, disse o sacerdote.
Pe. Lawrence esteve envolvido no trabalho de evangelização nas ruas durante três anos. Inspirou-se depois de caminhar com a batina na peregrinação do Caminho de Santiago, na Espanha.
Crédito: National Catholic Register
“Considero-me um maratonista e não um velocista. St. Joseph é uma cidade de aproximadamente 76.000 pessoas, muitas delas se converterão se permitirmos que Deus realize a sua obra. Então, acho que devemos ser pacientes e deixar que Deus assuma o controle da conversação. Estará claro quando for o momento de dizer ou fazer alguma coisa”, afirmou.
Nesse sentido, disse que as pessoas “envolvidas na apologética têm uma tendência de tentar forçar as coisas” e, por isso, propõe “ser filhos de Deus quando somos missionários. Ele está no comando, não nós”.
“Não gosto de dar apenas terços e medalhas, mas, como sacerdote, quero estar presente para a pessoa que me acompanha e não os tratar como se fossem um número. Como Jesus fazia? Ele escutava, pregava e curava”, acrescentou.
Atualmente, o Pe. Lawrence é capelão da Igreja “Beneditinos de Maria, Rainha dos Apóstolos em Gower” de Missouri, celebra Missa todos os dias de acordo com o rito extraordinário, atende confissões e oferece direção espiritual. Mas, depois de realizar todos os seus deveres, dirige-se às ruas.
“A própria Igreja é missionária e todo o seu povo deve ser missionário, mas o sacerdote tem um maior poder como missionário. Acho que se perdeu o sentido do sacerdote como missionário em nossa Igreja e é algo que precisamos recuperar. Claro, o sacerdote tem que realizar um trabalho na paróquia, mas precisamos de mais pessoas para encher as nossas paróquias!”, assegurou.
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