Cidade do Vaticano (RV) - O Papa Francisco enviou uma Carta, assinada pelo secretário de Estado vaticano, Cardeal Pietro Parolin, para a IV Conferência “O nosso oceano. Um oceano para a vida”, que se concluiu esta sexta-feira (06/10) em Malta.
O documento foi entregue ao núncio Silvano Maria Tomasi, membro do dicastério vaticano para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral, que participou dos trabalhos da Conferência.
Na Carta o Pontífice encoraja os esforços para enfrentar uma série de questões urgentes como o tráfico de seres humanos, a escravidão, as condições desumanas de trabalho na indústria da pesca e do transporte comercial, as oportunidades de desenvolvimento das comunidades costeiras e das famílias dos pescadores e a dramática situação das ilhas ameaçadas pela elevação do nível do mar.
Os oceanos são a herança comum da família humana – escreve o Papa. O cuidado com esta herança não pode deixar-nos ignorar a poluição dos oceanos com o plástico e o microplástico que entra na cadeia alimentar causando graves consequências para a saúde da vida marinha e do homem.
Retomando a Laudato si, o Papa Francisco afirma que não podemos ficar indiferentes diante do desaparecimento das barreiras coralinas – lugares privilegiados da biodiversidade marinha – “transformadas num cemitério submerso desprovido de cor e de vida”.
Francisco recorda que na natureza tudo está interligado e que os oceanos podem tornar-se um “recurso fundamental no combate à pobreza e às mudanças climáticas”, dois fenômenos estreitamente ligados entre si.
Em seguida, recorda a negligência do homem que se desfaz do lixo tóxico jogando-o nos oceanos e utiliza meios sofisticados para as extrações minerárias do fundo marinho.
Francisco conclui sua Mensagem retomando a Laudatos si. Os oceanos nos recordam a necessidade de educar a humanidade e o ambiente à comunhão e de formar os jovens a fim de que cuidem dos oceanos, bem como, ajudá-los a crescer no conhecimento e na contemplação de sua vastidão e grandeza. (RL/RP)
(from Vatican Radio)
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