Os profissionais atuam no Santuário Nacional e na matriz basílica fotografando turistas em frente à fachada das igrejas ou sobre um 'cavalinho'.
Por Camilla Motta (*),G1 Vale do Paraíba e Região
12/10/2017 12h20
José Benedito Chagas trabalha há 30 anos tirando foto de fieis no Santuário
Nacional de Aparecida (Foto: Camilla Motta/G1)
Profissão em extinção, os fotógrafos 'lambe-lambe' resistem ao tempo e retratam gerações de romeiros que visitam Aparecida (SP). Os profissionais ficam no Santuário Nacional e na igreja matriz 'Basílica Velha' fotografando turistas em frente a fachada das igrejas. Acessórios como um cavalinho de plástico ou banner com a imagem da santa tornam icônicos os retratos.
No início da carreira, eles usavam a extinta câmera 'lambe-lambe' - daí o nome aos profissionais. O equipamento antigo tinha um laboratório acoplado que permitia revelar as fotos de forma quase instantânea. Visualmente, era um caixote sobre um tripé.
Eles contam que depois passaram pela 'polaroid', com revelação imediata, e pela a câmera de filme. Hoje, eles se renderam à tecnologia, e usam uma câmera digital.
O 'lambe-lambe' José Claudio Pereira, de 83 anos, faz fotos de romeiros há 57 anos em frente à Basília Velha. Em um dia comum, ele conta que faz de cinco a sete fotos por dia. Os valores variam de acordo com o tamanho, mas o mais caro, custa R$ 15.
"Hoje muita gente usa o celular para registrar, mas muita gente ainda prefere o registro profissional e já impresso. Hoje, eu precisei me adaptar à tecnologia e uso uma câmera digital, tiro o cartão de memória e coloco em uma impressora portátil. Assim continuo entregando o retrato na hora", explicou.
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