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Thyssen-Bornemisza convida o público a refletir sobre o papel dos museus na educação.
O evento permite que o visitante se converta em agente ativo e tome parte nos processos de criação.
Por Marco Lacerda*
"Em Educação, tudo deve começar na Arte, ser permeado pela Arte e terminar em Arte. Num projeto interdisciplinar, por exemplo, o gancho inicial, para trazer um eixo temático, pode ser uma música, um filme, um poema, uma pintura… Durante o projeto, podem ser trazidos outras músicas, filmes, poemas, pinturas… E para finalizar, os educandos podem produzir a partir daquela pesquisa ou vivência, uma canção, um documentário, uma poesia, um desenho, uma peça de teatro, formulando esteticamente a compreensão adquirida da temática trabalhada". É o que diz a escultura espanhola Carmen Cueño e é também o objetivo da exposição em cartaz no Museu Thyssen-Bornemisza de Madrid.
Com a mostra, o museu encerra o programa de exposições e atividades em comemoração ao seu 25º aniversário, convidando o público a refletir sobre o papel dos museus na educação. Trata-se de um projeto inovador concebido através de uma exposição com obras de artistas contemporâneos em diálogo com a coleção permanente do Thyssen-Bornemisza.
O evento abraça diversas manifestações artísticas que se sucederão no tempo e no espaço, ocupando diferentes áreas do museu enquanto a mostra estiver aberta ao público, de 7 de novembro a 28 de janeiro de 2018. O objetivo é erguer pontes entre a produção cultural mais contemporânea e o museu, entre suas obras e o trabalho dos educadores. O projeto foi criado como um ente orgânico que irá se completando progressivamente, fazendo com que o Bornemisza esteja particularmente ativo enquanto durar a experiência – aberta interessados de todas as idades.
A configuração desse programa educativo permite que o visitante se converta em agente ativo e tome parte desse processo de transformação. Além disso, o museu abre suas portas, pela primeira vez, para a criação oferecendo bolsas de residência patrocinadas pela Casa Velázquez, Fundação Banco Santander e CNP Partners, que permitem que dois criadores trabalhem com a equipe de educação do museu, tanto no processo de preparação como durante a exposição.
Uma nova forma de educar para a arte. Veja o vídeo.
*Marco Lacerda é jornalista, escritor e Editor Especial do DomTotal.
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