Por Natalia Zimbrão
O pequeno Francisco, que tem uma doença rara. Foto: Flávio Garrido
REDAÇÃO CENTRAL, 24 Nov. 17 / 11:02 am (ACI).- Os pais do pequeno Francisco, que sofre de uma doença rara, nem conheciam a história do Servo de Deus Guido Schaffer, mas, após receberem uma relíquia desse jovem médico e seminarista, viram o tratamento deste bebê tomar novo impulso, ganhando inclusive o apoio do Papa que leva o mesmo nome da criança.
Francisco tem pouco mais de um ano e meio, porém, aos três meses de vida foi diagnosticado com amiotrofia muscular espinhal (AME), uma doença neuromuscular, degenerativa, genética e rara que, no caso de crianças, pode levar à morte até o terceiro ano de vida.
Os pais desse menino, Flávio e Daniela Garrido, promovem a campanha AME Francisco, com ajuda de amigos e familiares, a fim de arrecadar recursos para custear o tratamento de seis doses da medicação denominada Spinraza, a qual não era autorizada no Brasil até agosto.
Diante dos problemas de saúde de seu filho e das dificuldades para conseguir a medicação no Brasil, Flávio Garrido decidiu escrever uma carta ao Papa Francisco em 14 de julho deste ano, sabendo que “é muito difícil que uma carta chegue ao Papa”. “Imagino a enorme quantidade de cartas que o Vaticano deve receber diariamente!”.
Mesmo assim, postou a missiva como carta registrada, “com fé de que o Santo Padre tomaria conhecimento dela”. Entretanto, “infelizmente, a carta original extraviou na Inglaterra e nunca chegou”.
“Fiquei muito chateado com o ocorrido, cheguei até pensar em reenviar a carta novamente ao Papa, o que acabei não fazendo”, recordou.
A família seguiu com a campanha AME Francisco e, com aproximadamente 4 meses, conseguiram doações para comprar as 3 primeiras doses do medicamento e a isenção dos impostos estaduais para todos os portadores de amiotrofia muscular espinhal no estado do Tocantins, onde vivem.
“Tentamos comprar as 3 primeiras doses, mas o laboratório não nos autorizou a compra, pois eles só estavam vendendo as 4 primeiras doses juntas. Ficamos muito chateados, pois não tínhamos o dinheiro todo para as 4 doses e faltavam ainda aproximadamente 210 mil reais”, contou Flávio.
Nesse momento, a ajuda de parentes e amigos foi fundamental e conseguiram emprestado o valor que faltava para a compra das 4 doses. “No dia em que efetuamos o pagamento da medicação – lembrou o pai de Francisco –, recebemos de uma amiga do Rio de Janeiro uma relíquia do Servo de Deus Guido Schaffer”.
“A partir deste dia, começamos a conhecer sua história de vida e também pedir a sua intercessão neste processo pela cura do Francisco”, ressaltou.
Logo após, esta mesma amiga colocou os pais de Francisco em contato com Eduardo, conhecido como Dudu, que era o melhor amigo de Guido e a pessoa que os tinha enviado a relíquia do Servo de Deus.
Naquela época, Eduardo estava indo para o Vaticano e Flávio e Daniela contaram a ele “sobre a carta que nunca chegou ao Papa”. O rapaz “se prontificou em levar a carta para tentar entregar ao Papa”.
Já “no Vaticano, Eduardo entregou a carta ao Padre Bruno que levou ao conhecimento do Papa o conteúdo da mesma. Neste momento, o Papa pediu que nos fosse entregue esse terço”, relatou Flávio, feliz pelo presente recebido.
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