quinta-feira, 7 de dezembro de 2017

Papa visita «igreja do milagre» da Imaculada, em Roma

Agência Ecclesia 06 de Dezembro de 2017, às 16:31       

Cidade do Vaticano, 06 dez 2017 (Ecclesia) – O Papa vai assinalar a Solenidade da Imaculada Conceição com vários momentos de oração, incluindo uma visita à igreja de “Sant’Andrea delle Fratte”, em Roma, para rezar diante de Nossa Senhora do Milagre.


A novidade do programa pontifício acontece no local da aparição mariana a Alfonso Ratisbonne, judeu convertido ao catolicismo após este acontecimento, que decorreu em 1842.

A agenda do Papa, divulgada pela Rádio Vaticano, começa ao meio-dia de Roma (menos uma hora em Lisboa) com a oração do ângelus, perante os fiéis reunidos na Praça de São Pedro.

Depois à tarde, pelas 16h00 locais, o Papa vai até ao centro de Roma para uma homenagem à Imaculada Conceição, diante do monumento construído em honra de Nossa Senhora, na Praça Mignanelli.

Esta tradição começou com o Papa Pio XII, em 1953, e tem por base uma obra do escultor Giuseppe Obici.

Francisco vai ser acolhido na ocasião pelo arcebispo Angelo De Donatis, vigário-geral para a Diocese de Roma, e depois caminhará até ao monumento para “rezar e depositar flores”.

Depois desta cerimónia, o Papa segue para a Basílica de “Sant’Andrea delle Fratte”, para rezar em privado diante da imagem de Nossa Senhora do Milagre.

Ao longo deste dia várias organizações irão também prestar homenagem à Imaculada Conceição, a começar pelos “bombeiros” e diversas “fraternidades e associações, religiosas e leigas, com procissões provenientes de diversas partes, momentos de oração e caminhadas acompanhadas por bandas de música”.

O serviço informativo da Santa Sé destaca grupos como “os Cavaleiros e Damas dos Cavaleiros do Santo Sepulcro, a Ordem de Malta, os Frades Menores Conventuais, a Fraternidade Sacerdotal São Pio X, os Grupos de Oração do Padre Pio, a Legião de Maria, a Cruz Vermelha”, estudantes e população em geral.

O dogma da Imaculada Conceição de Maria foi proclamado a 8 de dezembro de 1854, através da bula ‘Ineffabilis Deus’, a qual declara a santidade da Virgem Santa Maria desde o primeiro momento da sua existência, sendo preservada do pecado original.

A ligação entre Portugal e a Imaculada Conceição ganhou destaque em 1385, quando as tropas comandadas por São Nuno Alvares Pereira derrotaram o exército castelhano e os seus aliados, na batalha de Aljubarrota, e consolidaram a afirmação da identidade lusitana.

Em honra a esta vitória, o Santo Condestável fundou a igreja de Nossa Senhora do Castelo, em Vila Viçosa, e fez consagrar aquele templo a Nossa Senhora da Conceição.

Um segundo passo deu-se durante o movimento de restauração da independência que acabou com o domínio castelhano em Portugal e que culminou com a coroação de D. João IV como rei de Portugal, a 15 de dezembro de 1640, no Terreiro do Paço, em Lisboa.

O mesmo D. João IV coroou a Imagem de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa como Rainha e Padroeira de Portugal, durante as cortes de 1646.

JCP/OC

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