Jade Banks. Foto: captura de vídeo / YouTube
DENVER, 11 Dez. 17 / 08:00 pm (ACI).- Jade Banks tem 23 anos e quer ser Carmelita Descalça, mas como decidiu ser religiosa tão jovem, em um mundo cada vez mais secularizado?
Em uma entrevista com o site HuffPost, Jade descreveu como deixou de estudar para ser veterinária na Colorado State University para entrar na vida religiosa.
Em 30 de novembro deste ano, Jade entrou em uma comunidade e começou formalmente o seu caminho para ser Carmelita Descalça.
Você sempre quis ser religiosa?, perguntam. “Nunca pensei! Em primeiro lugar, pensava que as religiosas eram um tipo de criaturas místicas. Apesar de haver sido criada em uma família católica”.
“Só conhecia as religiosas nos filmes, os quais não as descrevem tão bem”, disse, recordando filmes como Sound of Music (A noviça rebelde).
Também recorda as “velhas religiosas rabugentas” da escola, e “sempre rezei a Jesus: ‘não me peça isso’”.
O momento que ela descobriu a sua vocação, recordou, estava em uma palestra católica, onde ouviu histórias sobre a vida dos santos, entre elas, a Carmelita Santa Isabel da Trindade.
“Aos 7 anos, Isabel sabia que havia sido separada para Cristo. Mas o único que passava pela minha mente era comer Cheetos”, brincou.
A jovem recordou que a mãe de Isabel tentou comprometê-la com militares para que ela se casasse, mas os homens do exército percebiam quando olhavam para ela que “não podemos nos casar com Isabel, olha para o seu rosto... ela já se comprometeu”.
Ao ouvir esta parte da história, a jovem Jade percebeu que era “chamada para a vida de virgindade apenas por uma razão: consolar o Amado Jesus, ser a Sua esposa”.
Jade confessa que muitas vezes lhe perguntam “o que você fará o dia todo?” e “você não quer ter esposo e filhos?”.
Ante estas inquietudes, ela percebeu que “deve ser paciente com os outros. Porque eu também costumava fazer essas mesmas perguntas”.
“Somente através da graça compreendi a beleza desta vida”, disse.
Ela é consciente de que não haverá conato com a tecnologia nem e-mails dentro do mosteiro. Nem música popular.
“Não haverá tecnologia nem celular, e-mail , música do mundo. Apenas correio postal!”.
Jade explicou que apenas escreverá uma carta por mês, mas nenhuma durante a Quaresma e o Advento.
Com relação à música, destacou que cantar “é uma parte do estilo de vida carmelita”, assim como “os anjos cantam aos pés de Cristo, nós cantamos todas as nossas orações para o nosso Ofício Divino e o Sacrifício Sagrado da Missa em latim”.
“É um estilo de canto gregoriano, é o estilo de música mais bonito que eu já ouvi”.
Mas não foi um caminho fácil, reconhece. Pois o “Carmelo é chamado ‘jardim de Jesus e as preciosas flores de Maria”, o Senhor’, o Senhor “teve que podar muito e arrancar ervas daninhas para mostrar ao meu coração rebelde a vocação que Ele que para mim”.
Jade incentivou as outras jovens que, como ela, estão pensando em entrar na vida religiosa, a “não terem medo de escolher uma maneira radical e espiritual de seguir Jesus”.
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