terça-feira, 2 de janeiro de 2018

Ano Novo: Mensagem de Marcelo Rebelo de Sousa recorda visita «histórica» do Papa Francisco a Fátima

Agência Ecclesia 02 de Janeiro de 2018, às 10:49 
Foto António Vale / Agência ECCLESIA       Foto António Vale / Agência ECCLESIA
Lisboa, 02 jan 2018 (Ecclesia) – O presidente da República Portuguesa destaca, na sua mensagem de Ano Novo e numa análise a 2017, a visita do Papa Francisco a Fátima e o drama dos incêndios que colocou à prova “o melhor de todos” os portugueses.

Numa intervenção enviada hoje à Agência ECCLESIA, pela assessoria para a Comunicação Social do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa recorda a passagem “histórica” do Papa Francisco pelo Santuário de Fátima, por ocasião do Centenário das Aparições, nos dias 12 e 13 de maio.

Uma visita do “apóstolo dos deserdados desta era”, que foi acompanhada de forma “vibrante” por “crentes e não crentes”, salienta o presidente português.

Marcelo Rebelo de Sousa recorda um ano de 2017 marcado por “reconfortantes alegrias”, como a recuperação económica do país e “o fim do défice excessivo”, a luta contra a “pobreza” e as “desigualdades”, a busca por um mais adequado “funcionamento dos sistemas sociais”.

Também um ano em que Portugal festejou conquistas na “música”, com a vitória de Salvador Sobral no Festival Eurovisão da Canção; no “turismo”, com a receção de vários “galardões” a nível internacional, e também triunfos “no digital, nas artes, na ciência ou no desporto” que colocaram “Portugal como destino cimeiro universal”.

No entanto, recorda o presidente da República, 2017 foi também um ano caraterizado por “profundas tristezas”, como os incêndios de junho e outubro, que causaram a morte a mais de 100 pessoas e provocaram danos materiais, naturais e ambientais ainda não totalmente contabilizados.

“As tragédias dos incêndios, tão brutalmente inesperadas e tão devastadoras em perdas humanas e comunitárias que acabariam por largamente pesar no balanço de 2017. Tudo pondo à prova o melhor de nós – a resistência, o afeto, a iniciativa e a fraternidade militante, que levou mais longe ainda a nossa proverbial solidariedade”, aponta Marcelo Rebelo de Sousa.

Neste contexto, por um lado de “vitórias” e por outro de notícias tão difíceis, o presidente da República classifica o ano que passou como “estranho e contraditório” e faz votos de que 2018 possa ser acima de tudo um tempo de “coragem”, de “reinvenção” e de construção de “futuro”.

Um futuro que tenha em conta todas as “vítimas” que ficam de 2017, que “mais do que mera reconstrução material e espiritual” permita continuar a “recusar a resignação de uma economia de uma sociedade condenadas ao atraso e à estagnação”

E uma reinvenção que tenha em conta os “vários Portugais, esquecidos, porque distantes, dos que, habitualmente, decidem, pelo voto, os destinos de todos”.

“Reinvenção da confiança dos portugueses na sua segurança, que é mais do que estabilidade governativa, finanças sãs, crescente emprego, rendimentos. É ter a certeza de que, nos momentos críticos, as missões essenciais do Estado não falham nem se isentam de responsabilidades”, frisa Marcelo Rebelo de Sousa, que termina a sua mensagem com um voto de confiança no país e nas suas instituições.

“Temos de converter as tragédias que vivemos em razão mobilizadora de mudança, para que não subsistam como recordação de irrecuperável fracasso (…) Temos de ser como fomos nos instantes cruciais das grandes aventuras, dos grandes riscos, das grandes catástrofes, dos grandes encontros com a nossa História”, incentiva o presidente da República.

JCP

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