terça-feira, 9 de janeiro de 2018

Chefe de gabinete da Presidência do TRF4 pede prisão de Lula no Facebook

 domtotal.com
Postagem de servidora no Facebook levou petistas a contestarem legitimidade da corte em analisar processo que pode tornar ex-presidente inelegível.
O ex-presidente Lula cumprimenta apoiadores na Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ).
O ex-presidente Lula cumprimenta apoiadores na Universidade
 Estadual do Rio de Janeiro (UERJ). (Mauro Pimentel/ AFP).

"Lula, o Brasil inteiro exige sua prisão." A frase foi postada por Daniela Tagliari Kreling Lau, chefe de gabinete da Presidência do Tribunal Regional Federal da 4.ª Região (TRF4), o Tribunal da Lava Jato que, no próximo dia 24, vai julgar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no famoso processo do triplex do Guarujá.

Daniela postou na quarta-feira, 3, uma petição online para reunir adesões pela confirmação da condenação do ex-presidente. Naquele dia, a servidora do TRF4 informava que, além dela, outras 233 pessoas endossaram o apelo pela prisão de Lula.

O ex-presidente da República foi condenado em primeira instância em julho de 2017, pelo juiz Sérgio Moro, que lhe impôs uma pena de 9 anos e seis meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro que teria recebido da empreiteira OAS em forma de melhorias no apartamento do litoral paulista.

No dia 24, a Corte de apelação vai julgar os recursos da defesa de Lula e de outros seis réus neste processo.

Os advogados de Lula alegam que ele sofre uma atroz perseguição política.

O post de Daniela, em sua página pessoal no Facebook, reforça a ofensiva da defesa do ex-presidente. Daniela retirou a mensagem.

No Twitter, a senadora Gleisi Hoffmann, presidente nacional do PT, demonstrou perplexidade.

"Perseguição a Lula e ativismo político dentro do TRF4. É escandaloso", escreveu a senadora. "O que Lula pode esperar do Poder Judiciário, TRF4, se a chefe de gabinete do Presidente do Tribunal pede no seu Face a prisão de Lula, através de um abaixo-assinado?"

Outro lado

A reportagem fez contato com o Tribunal Regional Federal da 4.ª Região e deixou o espaço aberto para manifestação.

Agência Estado

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