domingo, 7 de janeiro de 2018

  Pe. Gabriel Vila Verde | Jan 07, 2018
© Philippe Lissac / GODONG
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A CNBB, em 2018, propõe à Igreja um aprofundamento sobre a importância dos leigos. É uma novidade, e ao mesmo tempo não é. Novidade porque será um ano específico. Não é, porque os leigos sempre estiveram presentes na missão da Igreja e, sem eles, não haveria necessidade de pastores.

Há quem diga que, por um bom tempo, os leigos não tinham vez, mas isto não corresponde à verdade histórica, até porque nunca faltou na Igreja, associações e movimentos liderados por leigos. Basta pensar nas “Ordens Terceiras”. É claro que, nos dias atuais, o papel dos leigos é mais reconhecido, porém sempre existiu.

Primeira coisa: Quem é leigo?
Resposta: Aquele que não é clérigo.

Alguém deixa de ser leigo quando é ordenado Diácono, podendo ser no futuro um presbítero (padre) ou epíscopo (bispo). Todos os outros na comunidade, são leigos, ou seja, não exercem funções do ministério ordenado.

O Catecismo afirma que “nas comunidades eclesiais, a ação deles é tão necessária que sem ela o apostolado dos pastores não pode, a maior parte das vezes, obter seu pleno efeito” (CIC 900). Os leigos são as mãos e os pés do sacerdote. Imagine uma Paróquia com 60 comunidades, num município com 60 mil habitantes e apenas um Padre. Como o apostolado iria funcionar??? Apenas com a ajuda dos leigos.

No Novo Testamento, vemos que, tanto nos Evangelhos como nas Cartas, os leigos tiveram missões importantes. As mulheres que seguiam Jesus (Lc 8, 1-3), os amigos de São Paulo que o ajudavam nas suas andanças (2Tm 4, 19), etc. Quando Jesus nasceu, os seus primeiros adoradores foram os leigos (Lc 2, 15-20).

É comum ver nas redes sociais, um bom número de pessoas que vivem criticando os seus pastores e proclamando, do alto dos seus sofás, como a Igreja deveria agir. Seria muito mais proveitoso, se os mesmos se colocassem à disposição para visitar os hospitais, auxiliar nas catequeses, evangelizar as comunidades periféricas, ajudar na Pastoral do Dízimo, enfim. Agir é muito mais produtivo que falar.

O LEIGO, para cumprir bem a sua função, precisa ter consciência de duas coisas:

1 – Ele é um batizado, e por isso tem a obrigação de anunciar o Evangelho. Também se faz necessário o engajamento em alguma pastoral ou movimento, de acordo com o seu carisma e/ou espiritualidade.

2 – Ele não é clérigo. Portanto, não se pode colocar acima dos dos pastores, como se não dependesse dos mesmos. Até porque a Igreja vive da Eucaristia, e somente o Ministro ordenado pode consagrar as espécies eucarísticas.

Costumamos rezar para que Deus mande vocações sacerdotais, mas também devemos pedir que Ele envie bons leigos para a messe. Homens e mulheres que, antes de tudo, façam a opção pela santidade e que dediquem parte do seu tempo para a evangelização. Arrisco-me a dizer que, vale mais a pena uma paróquia com bons leigos e um mau pastor, que um bom pastor cercado de maus leigos.

Que este Ano do Laicato, seja muito frutuoso para a Igreja do Brasil.

(via Pe. Gabriel Vila Verde)

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