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4 tiros na cabeça trucidaram a vida de Marielle Franco.
Desafiou o destino desde sempre, ontem a falange do horror estancou sua dimensão física. (Reprodução)
Por Eleonora Santa Rosa*
Assassinaram Marielle, mas não sua crença!
Executaram Marielle, mas não seu ideário!
Aniquilaram Marielle, mas não seu espírito!
Tombaram Marielle, mas não suas causas!
Exterminaram Marielle, mas não seus princípios!
Abateram Marielle, mas não seu imaginário!
Ceifaram Marielle, mas não sua forma de amor!
Calaram Marielle, mas não sua voz!
Dizimaram Marielle, mas não sua militância!
Balearam Marielle, mas não seu exemplo!
Chacinaram Marielle, mas não seu ativismo!
Fuzilaram Marielle, mas não sua trajetória!
4 tiros na cabeça trucidaram a vida de Marielle Franco. Tocaia covarde, vingança em revanche de intimidação, noite de pesadelo na terra sem lei. 38 anos, quinta vereadora mais votada no Rio de Janeiro, 46 mil votos. Ativista de direitos humanos, formada pela PUC/Rio, com mestrado pela Universidade Federal Fluminense.
Nascida e criada na Maré, fruto do chão de luta, de labuta constante, de afirmação e conquista de direitos em território marcado por injustiça, violência, pobreza condenatória, subtração de direitos e sina de opressão, sobreviveu à frente e valente. Desafiou o destino desde sempre, ontem a falange do horror estancou sua dimensão física.
Em meio à comoção e indignação, a homenagem e o reconhecimento de sua luta, da luta de muitos, que há de permanecer e reverberar. Ontem, hoje, nas ruas do Rio, nos mais diversos atos públicos pelo país, o grito uníssono de afirmação: companheira Marielle, presente!!!
*Jornalista, produtora e gestora, ex-Secretária de Estado de Cultura de Minas Gerais.
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