19 de Abril de 2018 por Redacao
A Assembleia Nacional do Poder Popular, o parlamento cubano, acabou de eleger na manhã desta quinta-feira (19) o novo presidente de Cuba, o engenheiro eletrônico Miguel Díaz-Canel, que obteve 603 votos, dos 604 votos dos deputados que integram a assembleia. A eleição de Díaz-Canel inicia uma transição política e geracional em Cuba.
Díaz-Canel, 57 anos, é o primeiro presidente da ilha que não integra a chamada geração dos históricos da “Sierra Maestra”, ou seja, os combatentes da guerrilha do Movimento 26 de Julho (MR26-7), organização liderada por Fidel Castro, que destituiu a ditadura de Fulgêncio Batista. Esta é a primeira vez que a maioria dos membros do governo não pertencem a esta geração.
O atual presidente foi Ministro da Educação e em 2012 ocupou o cargo de vice-presidente do Conselho de Ministros. Em 2013, chegou à vice-presidência do país, posto que ocupou até esta quinta-feira (18). Além disso, Díaz-Canel foi deputado pelo município de Santa Clara e membro do comitê central do Partido Comunista de Cuba (PCC). Na juventude, foi secretário e vice-secretário da União da Juventude Comunista (UJC), organização nacional dos jovens comunistas de Cuba, em sua província, Villa Clara.
A transição iniciada por Raúl Castro, que permanece secretário-geral do Partido Comunista até 2o21, favoreceu a abertura de parcerias comerciais com empresas estrangeiras, facilitou pequenos empreendimentos comerciais na Ilha e fortaleceu o turismo, uma das principais fontes de ingresso de divisas no país. Além disso, houve o início da normalização de relações com Estados Unidos durante o governo Obama, agora estagnada com a política anticubana de Donald Trump.
Díaz-Canel tem imensos desafios na área econômica como a modernização da infraestrutura, a regularização dos pequenos negócios, do trabalho por conta própria e a preservação das conquistas sociais nas áreas da saúde e educação, marcas do igualitarismo social dos cubanos.
*Foto:Irene Pérez – CubaDebate
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