sexta-feira, 17 de agosto de 2018

Haddad grava programa eleitoral em frente da sede da PF em Curitiba

Cabeça da coligação do PT, PCdoB e Pros, o ex-presidente Lula está preso no local escolhido como locação por seu vice desde abril deste ano
Tiago Queiroz/ Estadão
TIAGO QUEIROZ/ ESTADÃO

AGÊNCIA ESTADO

O candidato a vice-presidente da República na chapa do PT nas eleições 2018, Fernando Haddad, gravou nesta quinta-feira (16/8) cenas do programa eleitoral petista em frente ao prédio da Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba (PR), onde o candidato à Presidência Luiz Inácio Lula da Silva está preso, condenado em segunda instância pela Lava Jato, desde abril.

Na saída da visita ao ex-presidente, Haddad disse no vídeo que “a perseguição ao Lula é a mesma que matou Tiradentes e Getúlio Vargas”, mas que o petista resiste. “Ele está preso enquanto o governo Temer bagunça o país, corta direitos do povo e entrega nossas riquezas”, declarou.

Lava Jato quer proibir Lula de usar cela na PF como comitê de campanha
Logo depois, em coletiva à imprensa, Haddad disse que os petistas já esperavam reações contrárias ao registro de candidatura de Lula, mas o partido aguarda que o possível enquadramento do candidato na Lei da Ficha Limpa seja apreciado pelos tribunais superiores antes de ser julgado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

“Estamos muito confiantes de que o TSE vai aguardar a decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) ao nosso recurso para convalidar o registro e Lula figurar na urna”, declarou. O ex-prefeito de São Paulo disse ainda que é manifestamente “inconstitucional” o pedido do força-tarefa da Lava Jato no Paraná de tentar barrar visitas de Haddad e da presidente do PT, a senadora Gleisi Hoffmann, como advogados de Lula.

“[Seria um] fato inédito, a cassação da prerrogativa de advogado”, declarou. Antes de Haddad, também visitaram Lula o ex-ministro das Relações Exteriores Celso Amorim e o argentino Adolfo Pérez Esquivel, Nobel da Paz. Amorim entregou a Lula um livro sobre a história do próprio ex-presidente na Lava Jato autografado pelo Papa Francisco.

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