Por Redação Click Política Em 10 ago, 2018
A força-tarefa da Operação Lava Jato no Rio de Janeiro prendeu João Paulo Júlio de Pinho Lopes, ligado à corretora Advalor Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários Ltda. A operação desta sexta-feira (10), foi baseada na delação premiada do ex-subsecretário de Transportes Luiz Carlos Velloso que afirmou ter utilizado uma conta da corretora para receber propinas pagas por empreiteiras e para movimentar valores que teriam sido repassados para o ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) Augusto Nardes e para o deputado federal e ex-secretário de Transportes do Rio Júlio Lopes (PP).
Na operação, autorizada pelo juiz da 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, Marcelo Bretas, não estão sendo cumpridos mandados com pessoas detentoras de foro privilegiado. As condutas de Nardes e de Lopes são objeto de investigação em outras instâncias, por causa do foro privilegiado. Em maio este ano, o STF autorizou um mandado de busca e apreensão na residência de Nardes que resultou na apreensão de documentos e de telefones celulares.
Nardes já foi deputado pelo PP e foi relator do processo das chamadas pedaladas fiscais, que foram utilizadas como justificativa para o impeachment da presidente Dilma Rousseff.
Em sua delação premiada, Velloso disse ter movimentado cerca de R$ 3,5 milhões em propinas por meio de uma conta da Advalor. O dinheiro estaria ligado a irregularidades nas obras de construção da Linha 4 do Metrô do Rio. Parte dos recursos teriam irrigado a campanha e pago despesas pessoais do deputado Julio Lopes.
Redação Click Política
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