quarta-feira, 15 de agosto de 2018

Presença de Maria na vida de Inácio

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No dia 15 de agosto de 1534, Inácio e seis companheiros fizeram votos de dedicarem-se ao bem dos homens, imitando a Cristo, criando assim a Companhia de Jesus.
A vida de Inácio, após sua conversão, foi pautada na confiança a Maria.
A vida de Inácio, após sua conversão, foi pautada na confiança a Maria. (Reprodução)
Por Inez G. de Carvalho*

Hoje, celebramos a Assunção de Maria, Mãe de Deus e nossa Mãe. Assunção significa, “ser assumido por alguém”.

Foi exatamente no dia 15 de agosto de 1534, na capela de Montmartre, em Paris, que Inácio e seis companheiros: Francisco Xavier, Pedro Fabro, Afonso Bobadilha, Diogo Laínez, Afonso Salmeirão e Simão Rodriguez fizeram votos de dedicarem-se ao bem dos homens, imitando a Cristo, criando assim a Companhia de Jesus. Esta foi oficialmente confirmada pelo Papa Paulo III, no dia 27 de setembro de 1540.

Aqui temos a certeza da grande devoção de Inácio a Maria, da presença dela em sua vida, como exemplo de Mãe e perfeita discípula de Jesus, no cumprimento da vontade do Pai.

Biblicamente, o dogma da assunção de Maria, deve ser entendido a partir da ressurreição de Jesus e da promessa de ressurreição que Ele mesmo fez a todos os que O seguirem nesta vida, cumprindo a vontade do Pai, como Ele o fez. Podemos observar os evangelistas Lucas e João mostrando-nos os efeitos da  ressurreição

Nós cremos que a morte não é a última palavra, porque Jesus, nos garante que Deus tem algo maior para nós. Uma vida gloriosa em comunhão com Ele e com nossos irmãos. Concede a todos, a possibilidade de ressuscitar, de entrar na “vida eterna”. Com Maria, não seria diferente! Só que ela foi assumida por Deus, sem passar pela sepultura.

O fundamento teológico da Assunção é que Maria, a Mãe de Deus, está estreitamente unida a seu Filho e compartilha do seu destino. Vivem tão intimamente ligados que, como a ressurreição foi a conclusão da salvação realizada por Jesus Cristo, Maria, como coparticipante nesta obra redentora do seu Filho, deveria participar, através da glorificação do seu corpo virginal. O núcleo da definição dogmática da Assunção de Maria ao céu: “proclamamos, declaramos definimos ser dogma devidamente revelado que a imaculada Deípara (i. .é. Mãe de Deus), sempre virgem Maria, completando o seu curso de vida terrestre, foi assumida em corpo e alma na glória celeste.” (DS 3903).

A assunção de Maria estimula a nossa fé, sobretudo, nos momentos mais difíceis, porque sabemos que Deus assume tudo de bom que fazemos, nos acolhe, toma-nos pela mão e nos transforma.

A vida de Inácio, após sua conversão, foi pautada na confiança a Maria, à qual entrega sua espada de guerra humana, para assumir a espada do seguimento de Jesus Cristo, seu Filho, com tudo o que ela constituía. Assim, a exemplo de Inácio, pedimos a Maria que nos coloque junto a seu Filho, para sermos filhos com Ele, Nele e por Ele.

*Inez Gonçalves de Carvalho é pós-graduada em Comunicação e Relações Públicas pela PUC-MG e graduada em Teologia pela Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia (FAJE). 

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