Padre Geovane Saraiva*
Ouvintes e praticantes da Palavra
de Deus, pelos elementos a nos favorecer, no âmbito da vida como um todo,
aproximam-se sempre e cada vez mais de Deus, que deseja de nós, cristãos, uma
fé sólida e uma religião, não de aparências, mas apoiada, de verdade, no Livro
Sagrado, consciente de que "toda a Escritura é inspirada por Deus, e útil
para ensinar, para repreender, para corrigir e para formar na justiça" (2
Tim 3, 16).
O convite do nosso bom Deus, pela
voz da Igreja, é para pensarmos no valor e importância da Palavra de Deus, livro do amor, alma e vida, que nos ilumina e conduz ao momento do grande encontro com o
noivo. Como é maravilhoso carregar, na mente e no coração, o acabamento do
mundo, na imagem de Jesus! Ele é o noivo da humanidade a aguardar sua noiva - a
Igreja -, que caminha na sua direção, não desatenta e distraída, mas na fé e na
esperança, vestida com a roupa apropriada para o alegre, feliz e inaudito
encontro. Assim seja!
A proposta da Igreja no Brasil é
a de viver na alegre esperança do nosso compromisso batismal, haurindo essa
proposta da fonte inesgotável da Bíblia, livro inspirado e inspirador. Ela é a
gramática ou enciclopédia do povo de Deus, que, de modo correto, quer orientar
homens e mulheres, na diversidade de dons, talentos, carismas e funções. A
Bíblia foi escrita, num passado longínquo, por pessoas que viveram contextos
diferentes do nosso. Mas Deus quer de nós, seus filhos, astúcia,
convencendo-nos do que realmente importa, a Palavra de Deus, que é sempre
atual, "viva e eficaz, mais cortante que qualquer espada de dois gumes, capaz
de penetrar, a ponto de dividir alma e espírito" (cf. Hb 4, 12).
Que neste mês de setembro nos
voltemos para as figuras dos apóstolos, pilares ou colunas da Igreja, os quais,
alegoricamente, nos atentam para o sentido de uma melhor compreensão do
edifício da nossa fé: a própria Igreja. É importante guardar a história da
humanidade, a partir da arquitetura antiga, quando as construções eram feitas
com pedras. Uma pedra muito singular era talhada no tamanho e formato correto
para ser utilizada nas construções, recebendo o maior peso do edifício, para,
assim, sustentá-lo. Ela era conhecida como pedra angular, em que, de modo
seguro, ficava definida a colocação das outras pedras, alinhando toda a
construção.
*Padre, Jornalista, Colunista e Pároco de Santo Afonso, Parquelândia,
Fortaleza-CE. Da Academia Metropolitana de Letras de Fortaleza
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