terça-feira, 2 de outubro de 2018

Haddad critica aliados de Bolsonaro por 'conduta reiterada de ofender mulheres'


Presidenciável do PT discursou em comício na noite desta segunda no Rio. No sábado, mulheres protestaram pelo país contra Bolsonaro. No domingo, houve atos a favor do candidato do PSL.
Por Matheus Rodrigues, G1 Rio

Haddad faz campanha no Centro do Rio — Foto: Matheus Rodrigues/G1
Haddad faz campanha no Centro do Rio — Foto: Matheus Rodrigues/G1


O candidato do PT à Presidência, Fernando Haddad, criticou na noite desta segunda-feira (1º), em discurso durante um comício no centro do Rio de Janeiro, as manifestações a respeito de mulheres "da turma" do rival Jair Bolsonaro (PSL).

O presidenciável petista apontou uma “conduta reiterada” da campanha do adversário de "ofensa" às mulheres.

No último sábado (29), houve protestos de mulheres contra Bolsonaro em várias cidades do país e também no exterior. No domingo (30), manifestantes pró-Bolsonaro fizeram atos em pelo menos 20 cidades de nove estados. Nesta segunda-feira, pesquisa Ibope apontou Bolsonaro em primeiro lugar, com 31% das intenções de voto, e Haddad em segundo, com 21%.

“Tem uma coisa que me chama atenção porque é recorrente: essa conduta reiterada de ofender as mulheres por parte da turma do Bolsonaro. Semana passada, o vice do Bolsonaro tentou explicar a violência pelo fato de os nossos jovens serem criados por mães e avós sozinhas. Como se 46% dos lares brasileiros não fossem chefiados por mulheres”, disse Haddad.

Ele também se referiu a uma declaração de um dos filhos de Bolsonaro durante um ato em São Paulo na qual ele comparou "mulheres de direita" e "mulheres de esquerda".

“Ontem ou anteontem, o filho do Bolsonaro disse que as mulheres progressistas são mais feias e menos higiênicas que as mulheres de direita. Eu fico pensando o que passa na cabeça dessas pessoas, para fazer política ofendendo as mulheres do Brasil, que são 52% da população e carrega esse país nas costas”, declarou Haddad.

O candidato do PT informou que na próxima semana, após o primeiro turno da eleição, voltará a visitar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba.

Ele afirmou que tentará encontrar formas jurídicas para ajudar Lula, preso arbitrariamente, segundo disse. O presidenciável visitou Lula nesta segunda-feira (1º) antes de viajar para o Rio.


“Segunda-feira eu vou conversar com o Lula e vou ver todas as formas jurídicas de ajudar o Lula. Ele está preso injustamente e todo mundo sabe disso. O Judiciário sabe disso, os ministros sabem disso e ficam querendo dar uma roupagem de legalidade para tamanha arbitrariedade como essa”, afirmou.

O petista disse ainda que pretende trabalhar para "desarmar os espíritos".

“O maior problema do Brasil é a desigualdade de oportunidade. E as pessoas só estão pedindo oportunidade. As pessoas só estão pedindo trabalho e educação. Nós vamos desarmar os espíritos porque não queremos mãos armadas. Nós queremos um livro numa mão e uma carteira de trabalho na outra. É isso que queremos para o povo brasileiro e vamos entregar isso a partir do ano que vem”, declarou.

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