Presidenciável do PT discursou em comício na noite desta segunda no Rio. No sábado, mulheres protestaram pelo país contra Bolsonaro. No domingo, houve atos a favor do candidato do PSL.
Por Matheus Rodrigues, G1 Rio
Haddad faz campanha no Centro do Rio — Foto: Matheus Rodrigues/G1
O candidato do PT à Presidência, Fernando Haddad, criticou na noite desta segunda-feira (1º), em discurso durante um comício no centro do Rio de Janeiro, as manifestações a respeito de mulheres "da turma" do rival Jair Bolsonaro (PSL).
O presidenciável petista apontou uma “conduta reiterada” da campanha do adversário de "ofensa" às mulheres.
No último sábado (29), houve protestos de mulheres contra Bolsonaro em várias cidades do país e também no exterior. No domingo (30), manifestantes pró-Bolsonaro fizeram atos em pelo menos 20 cidades de nove estados. Nesta segunda-feira, pesquisa Ibope apontou Bolsonaro em primeiro lugar, com 31% das intenções de voto, e Haddad em segundo, com 21%.
“Tem uma coisa que me chama atenção porque é recorrente: essa conduta reiterada de ofender as mulheres por parte da turma do Bolsonaro. Semana passada, o vice do Bolsonaro tentou explicar a violência pelo fato de os nossos jovens serem criados por mães e avós sozinhas. Como se 46% dos lares brasileiros não fossem chefiados por mulheres”, disse Haddad.
Ele também se referiu a uma declaração de um dos filhos de Bolsonaro durante um ato em São Paulo na qual ele comparou "mulheres de direita" e "mulheres de esquerda".
“Ontem ou anteontem, o filho do Bolsonaro disse que as mulheres progressistas são mais feias e menos higiênicas que as mulheres de direita. Eu fico pensando o que passa na cabeça dessas pessoas, para fazer política ofendendo as mulheres do Brasil, que são 52% da população e carrega esse país nas costas”, declarou Haddad.
O candidato do PT informou que na próxima semana, após o primeiro turno da eleição, voltará a visitar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba.
Ele afirmou que tentará encontrar formas jurídicas para ajudar Lula, preso arbitrariamente, segundo disse. O presidenciável visitou Lula nesta segunda-feira (1º) antes de viajar para o Rio.
“Segunda-feira eu vou conversar com o Lula e vou ver todas as formas jurídicas de ajudar o Lula. Ele está preso injustamente e todo mundo sabe disso. O Judiciário sabe disso, os ministros sabem disso e ficam querendo dar uma roupagem de legalidade para tamanha arbitrariedade como essa”, afirmou.
O petista disse ainda que pretende trabalhar para "desarmar os espíritos".
“O maior problema do Brasil é a desigualdade de oportunidade. E as pessoas só estão pedindo oportunidade. As pessoas só estão pedindo trabalho e educação. Nós vamos desarmar os espíritos porque não queremos mãos armadas. Nós queremos um livro numa mão e uma carteira de trabalho na outra. É isso que queremos para o povo brasileiro e vamos entregar isso a partir do ano que vem”, declarou.
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