sábado, 17 de novembro de 2018

QUEIRAMOS OU NÃO, ENVELHECEMOS

 João Carduci Pereira*
A imagem pode conter: João Carduci Pereira, sorrindo
Os nossos primeiros vinte anos demoram muito a chegar, e mudamos muito, fisicamente, nas primeiras três décadas. Aos trinta anos estamos no apogeu de nossa condição física. Mas o tempo não para. Mais alguns anos e viramos quarentões. Um pouco mais, cinquentões, e começamos a admitir que estamos ficando idosos. Dai em diante nossa condição física não consegue mais fingir que tem aquela disposição dos mais jovens. Nossos prazeres e alegrias passam a ser mais serenos, e nossa luta pela vida arrefece. Já não temos mais grandes ilusões, e passamos a desejar viver num mundo menos competitivo e mais igualitário. Passamos  a entender melhor o sentido da vida. Os que preservam a fé procuram entender melhor a espiritualidade e tornam-se mais racionais na sua crença. Os idosos hoje vivem mais e tudo indica que, em mais alguns anos, a população do mundo envelhecerá bastante, devido o avanço da medicina e a diminuição dos índices de natalidade. Essa nova realidade irá refletir, obviamente, no comportamento das pessoas. Com uma humanidade numericamente mais idosa,  o mundo poderá aprender a ser mais pacífico  e solidário.  O envelhecimento médio da população dará mais maturidade e, quem sabe, sabedoria, que é o valor imprescindível para a conquista de tempos melhores pela  raça humana.
*Escritor, advogado, colunista e conferencista

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