quarta-feira, 12 de dezembro de 2018

Chico Buarque entrega ao papa informe sobre 'lawfare' que ameaça América Latina

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Entre os casos apontados pelos denunciantes estão os dos ex-presidentes do Brasil, Lula da Silva, atualmente preso, do Equador, Rafael Correa, e da Argentina, Cristina Fernández.
O cantor e compositor brasileiro Chico Buarque se apresenta durante ensaio de seu novo show, 'Caravanas', no Rio de Janeiro, 3 de janeiro de 2018
O cantor e compositor brasileiro Chico Buarque se apresenta durante ensaio de seu novo show, 'Caravanas', no Rio de Janeiro, 3 de janeiro de 2018 (AFP/Arquivos).

O cantor e compositor brasileiro Chico Buarque entregou ao papa Francisco, nesta terça-feira (11), um informe sobre o uso da justiça com fins políticos na América Latina, o "lawfare", considerado uma ameaça para a democracia na região, informaram fontes da delegação.

Buarque, que estava acompanhado de outros líderes latino-americanos, entre eles a advogada brasileira Carol Proner e o argentino Roberto Carlés, conversou com o papa Francisco durante 45 minutos em sua residência privada, Casa Santa Marta, no Vaticano.

O papa argentino, sensível a esses temas, recebeu o informe sobre o "lawfare", palavra usada para indicar as chamadas "guerras jurídicas" e a perseguição de líderes políticos e de movimentos sociais de protesto.

"O chamado lawfare es una técnica de guerra jurídica, que o general americano Charles Dunlap descreveu como um método de guerra não convencional, através do qual a lei é utilizada como um meio para alcançar um objetivo militar", explicaram.

Entre os casos apontados pelos denunciantes estão os dos ex-presidentes do Brasil, Lula da Silva, atualmente preso, do Equador, Rafael Correa, e da Argentina, Cristina Fernández.

"Lawfare é o uso indevido da lei para promover uma perseguição política", explicaram após o encontro.

O grupo de ativistas considera que se trata de uma verdadeira "ameaça" à democracia em todo o mundo, e teme que através das novas redes de comunicação a "demonização" e a "deslegitimação" dos adversários políticos se estendam com mais facilidade.

AFP

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