Manifestantes protestam contra Pacto sobre Migração da ONU em Bruxelas; Papa declara apoio ao Acordo
164 países assinaram cooperação para uma 'migração segura, ordenada e regular'. Futuro ministro de Bolsonaro disse que Brasil não vai aderir.
Por G1
Na Bélgica, 5,5 mil manifestantes de um partido de direita protestaram neste domingo (16) contra o Pacto Global sobre Migração da ONU, aprovado no Marrocos por mais de 160 países no último dia 10. Houve confronto com a polícia, que usou canhões d'água para dispersar os manifestantes, que lançaram barricadas e fogos de artifício.
Um porta-voz da polícia de Bruxelas disse à agência de notícias EFE que 97 pessoas foram presas, mas não soube precisar quantas delas compareceram a um tribunal.
Também neste domingo (16), o papa Francisco expressou o seu apoio ao Pacto, apelando à comunidade internacional a trabalhar "com responsabilidade, solidariedade e compaixão" em relação aos migrantes. De acordo com o Papa, o acordo será "referência" para a comunidade internacional lidar com o tema.
Papa Francisco acena ao sair da Catedral de Palermo, na Sicília — Foto: Guglielmo Mangiapane/ Reuters
Diante de milhares de fiéis que compareceram à missa dominical na Praça São Pedro, no Vaticano, o papa Francisco disse que o texto da ONU oferece parâmetros para a comunidade internacional tratar a migração de maneira "segura, coordenada e regular".
"Espero que a comunidade internacional, graças a este instrumento, possa atuar com responsabilidade, solidariedade e compaixão para os que, por diversas razões, abandonaram seu país", afirmou.
Extrema direita
A manifestação na Bélgica, apelidada de "Marcha contra Marrakech", foi uma reação à adesão do primeiro-ministro belga, Charles Michel, ao pacto das Nações Unidas, que pretende reforçar a cooperação internacional para uma migração mais segura. O projeto ainda deve passar por uma última votação na próxima quarta (19), na Assembleia Geral da ONU.
O protesto havia sido inicialmente proibido pelo ministro-presidente da região de Bruxelas, Rudi Vervoort. No entanto, o Conselho de Estado belga suspendeu a proibição na sexta-feira (14), afirmando que o medo de considerando que o medo de agitações causadas pela marcha não justificava o seu veto.
Protestantes enfrentam a polícia durante uma manifestação anti-imigrantes fora da sede da UE em Bruxelas. A polícia usou gás lacrimogêneo e canhões de água para dispersar manifestantes. — Foto: AP / Erik Luntang
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